O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que espera um crescimento económico de apenas 2,6% em 2025 para as economias do Médio Oriente e Norte de África (MENA), devido às incertezas causadas por uma guerra comercial global e pela queda nos preços do petróleo.
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Comprar um espaço para minha empresa.Esta nova projeção representa uma revisão significativa em relação à estimativa de 4% feita em outubro, refletindo os desafios enfrentados pela região, incluindo tensões geopolíticas, menor procura externa e volatilidade no mercado petrolífero.
« A incerteza pode afetar a economia real, o consumo, o investimento… todos esses elementos levaram a um ajuste nas nossas previsões », disse Jihad Azour, diretor do departamento do Médio Oriente e Ásia Central do FMI, em entrevista à Reuters.
« O impacto direto das medidas tarifárias é limitado, porque a integração comercial entre a região e os EUA é reduzida. »
No seu mais recente Relatório Económico Regional, divulgado em Dubai, o FMI destacou ainda uma recuperação gradual na produção de petróleo, conflitos prolongados e atrasos nas reformas estruturais, especialmente no Egito.
« Os conflitos em curso na região MENA têm custos humanitários profundos e deixaram cicatrizes económicas », afirmou o relatório, acrescentando que o impacto tem sido severo para as economias importadoras de petróleo.
Perspetivas divergentes para países importadores e exportadores
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Países não exportadores de petróleo na região MENA devem crescer 3,4% em 2025, abaixo da previsão anterior de 3,6%.
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Exportadores de petróleo fora do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) devem ver uma desaceleração de 1 ponto percentual no crescimento em 2025, com uma recuperação modesta apenas em 2026.
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Economias do CCG (Bahrain, Kuwait, Omã, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos) devem fortalecer-se, mas a um ritmo mais lento do que o previsto, devido aos cortes voluntários de produção da OPEP+ (estendidos até abril) e a uma atividade não petrolífera mais fraca.
O FMI projetou um crescimento de 3% para o CCG em 2025, abaixo dos 4,2% estimados em outubro.
Diversificação económica como solução
Os países do Golfo têm intensificado esforços para diversificar as suas economias, com iniciativas como a Visão 2030 da Arábia Saudita e os investimentos dos Emirados Árabes Unidos em turismo, logística e manufatura.
« A diversificação comercial, a aceleração das reformas estruturais e o aumento da produtividade são elementos essenciais para manter um crescimento robusto no setor não petrolífero », afirmou Azour.
Com as atuais mudanças globais, a busca por novas parcerias comerciais torna-se crucial para a região enfrentar os desafios económicos nos próximos anos.