Bruxelas, Bélgica – A União Europeia anunciou um pacote de financiamento de 638 milhões de dólares (545 milhões de euros) destinado a expandir o acesso à eletricidade e acelerar a transição energética limpa em África, com apoio a projetos em Camarões, República Centro-Africana, República do Congo, Costa do Marfim, Gana, Lesoto, Madagáscar, Moçambique e Somália.
Atualmente, 600 milhões de pessoas em África ainda não têm acesso à eletricidade. Segundo a UE, os investimentos em fontes renováveis podem criar até 38 milhões de empregos verdes até 2030.
Na Costa do Marfim, 422 milhões de dólares (359,4 milhões de euros) financiarão um projeto de transmissão de alta tensão para fortalecer a distribuição regional de energia. Camarões receberá 69,3 milhões de dólares (59,1 milhões de euros) para eletrificação rural, enquanto Somália contará com 53,4 milhões de dólares (45,5 milhões de euros) para promover o acesso acessível a energias renováveis. República do Congo terá um financiamento de 4,1 milhões de dólares (3,5 milhões de euros) para expandir projetos solares, eólicos e hidroelétricos.
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Comprar um espaço para minha empresa.O Lesoto, através da iniciativa Renewable Lesotho, beneficiará de 30,4 milhões de dólares (25,9 milhões de euros) para desenvolver recursos hidroelétricos e eólicos. Gana receberá 2,3 milhões de dólares (2 milhões de euros) para preparar um grande parque solar e melhorar o comércio de energia, enquanto Madagáscar utilizará 38,9 milhões de dólares (33,2 milhões de euros) para expandir a eletrificação rural com mini-redes. Moçambique contará com 15,2 milhões de dólares (13 milhões de euros) para apoiar uma transição de baixa emissão e estimular a participação do setor privado.
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou o pacote em mensagem de vídeo durante o Global Citizen Festival, realizado paralelamente à Assembleia Geral das Nações Unidas. Ela sublinhou que a iniciativa reflete o compromisso da Europa com o caminho energético limpo de África, enfatizando que as escolhas do continente terão impacto sobre estabilidade global, empregos e metas climáticas.