A futura Presidente do México, Claudia Sheinbaum, que tomará posse no dia 1 de outubro, rejeitou na terça-feira qualquer “guerra” direta com os cartéis, afirmando que tal conduziria a uma violência ainda mais mortífera.
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Comprar um espaço para minha empresa.Essas declarações foram feitas em meio aos confrontos entre gangues que vêm ocorrendo no estado de Sinaloa há uma semana.
« Engajar o Estado geraria uma guerra, e isso já aconteceu no passado, o que não nos levou a nada », declarou a Sra. Sheinbaum à imprensa, referindo-se à guerra contra o narcotráfico desencadeada em 2006 pelo ex-presidente Felipe Calderón. « O que provocaríamos ao entrar em confronto violento [com os narcotraficantes]? Provavelmente mais violência », acrescentou a presidente designada.

A Sra. Sheinbaum adota a estratégia de segurança « abraços, não tiros » de seu aliado, o presidente em fim de mandato, Andrés Manuel López Obrador.
Desde o dia 9 de setembro, o conflito entre duas facções do cartel de Sinaloa, um dos maiores do país, causou a morte de pelo menos 32 pessoas, sendo 30 civis e dois militares, de acordo com o relatório do Ministério da Defesa (Sedena, exército).
As cerca de 2.200 forças de segurança enviadas à região foram alvo de 13 ataques, com nove militares feridos, detalhou o chefe do Sedena, Luis Cresencio Sandoval.
A « primeira etapa » é proteger os cidadãos, impedindo que os grupos criminosos « se enfrentem e causem mais mortes », declarou o presidente López Obrador na terça-feira durante sua coletiva de imprensa diária.
A onda de violência no estado de Sinaloa « resulta » da prisão, em 25 de julho, nos Estados Unidos, do barão das drogas Ismael Zambada García, conhecido como « El Mayo ».
Ele acusa um dos dois filhos de Joaquín « El Chapo » Guzmán, cofundador do cartel de Sinaloa, de tê-lo traído e entregado às autoridades americanas.