O antigo presidente do Malawi Bakili Muluzi voltará a ser julgado no próximo dia 24 de Março pelo tribunal supremo, acusado de desvio de 1.7 biliões de kwachas , cerca de onze milhões de dólares durante o seu mandato.
Em Novembro do ano passado, a Comissão dos Assuntos
Jurídicos do Parlamento solicitou ao departamento de anticorrupção que
actualizasse o país sobre o estado do caso, argumentando que tinha-se
prolongado por muito tempo.
O presidente da comissão, Kezzie Msukwa, pediu na ocasião que se processasse
Muluzi ou encerrasse o caso, se o Estado não estivesse interessado em
processá-lo.
Foi desta forma que catorze anos depois, o juiz presidente do tribunal supremo
do Malawi, Adrew Nyirenda, resolveu retomar o julgamento, tendo designado nove
juízes que irão dar prosseguimento do caso, na cidade de Blantyre.
Juntamente com o antigo estadista malawiano, será julgada a sua antiga
secretária particular, Lyness Whisky, indiciada de desvio de fundos públicos a
seu favor. Muluzi foi preso em 2005 por acusações de corrupção, mas o
julgamento já havia sido adiado por causa da sua saúde.
No entanto, ele nega as acusações que pesam sobre si e sempre disse que as
mesmas eram motivadas pelo desentendimento que tinha com o falecido presidente,
Bingu wa Mutharika, que o sucedeu à presidência em 2004.
Bakili Muluzi de setenta e seis anos de idade, foi o primeiro presidente
multipartidário do Malawi e governou o país de 1994 à 2004.