Covid-19. Interpol alerta para compra de vacinas falsas online

A health worker prepares a dose of the AstraZeneca/Oxford vaccine at a coronavirus vaccination centre at at the Wanda Metropolitano stadium in Madrid on March 24, 2021. - Spain raised the maximum age limit for people to receive the AstraZeneca vaccine, which has faced setbacks in Europe due to safety concerns, from 55 to 65. (Photo by GABRIEL BOUYS / AFP)

A Interpol emitiu esta quarta-feira um alerta para a compra online de vacinas falsas contra a Covid-19, após o desmantelamento de associações criminosas na China e na África do Sul, e que levou à detenção de 80 pessoas.

“A nossa principal mensagem é que as vacinas não podem ser vendidas ‘online’” e que apenas os governos as podem distribuir, afirmou Rory Corcoran, vice-diretora de luta contra os mercados ilícitos da organização policial internacional à agência EFE. O secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, enfatizou que “qualquer pessoa que solicitar uma vacina ‘online’ em vez de obtê-la de seu fornecedor nacional está a comprar um produto falso”.

Corcoran explicou ainda que há “uma escalada” de fraudes com vacinas contra o novo Coronavírus e que os criminosos tentam tirar vantagem de pessoas vulneráveis.

A organização policial recolheu informações sobre várias tentativas de fraude com vacinas falsas a distribuir por diferentes organizações de saúde, incluindo lares de idosos. A Interpol espera, nos próximos meses, que estas práticas ilegais aumentem, especialmente nos países em desenvolvimento, onde as pessoas já estão a receber mensagens online dizendo que as vacinas podem ser compradas na internet.

Uma tendência emergente também é a criação de sites ilícitos com logótipos de conhecidas farmacêuticas que permitem que se façam pré-encomendas de vacinas.

Em alguns casos, é proposto o pagamento da vacina contra a Covid-19 em bitcoins.

Segundo Rory Corcoran, “os criminosos não querem apenas vender vacinas, mas também roubar informações pessoais”.

Nas redes desmanteladas na China e na África do Sul, a Interpol estima que os seus membros tenham angariado cerca de dois milhões de euros. As investigações continuam a apontar os possíveis desdobramentos da atividade criminosa.

A Interpol lembra também que os crimes em torno da crise pandémica resultaram em ataques contra os sistemas de informática de hospitais, laboratórios ou governos locais que bloquearam o acesso aos seus dados.

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