Depois de um início irregular na fase de grupos, a seleção feminina da Alemanha reencontrou o seu verdadeiro ritmo com uma vitória suada sobre a França nos quartos de final, aproximando-se de mais uma final no Campeonato Europeu — uma competição onde já brilhou em nove finais e conquistou oito títulos.
À semelhança do que se diz sobre a Inglaterra e o seu “proper England”, a Alemanha parece possuir uma alma adicional quando se encontra sob pressão. Vencer a França, mesmo jogando em inferioridade numérica durante 110 minutos, deu um novo impulso à equipa.
« Essa vitória deu-nos asas e muita confiança para os jogos seguintes », afirmou Sophia Kleinherne, que entrou em campo pela primeira vez neste Euro, devido à lesão de Sarai Linder.
Recolocada na lateral, Kleinherne, de 25 anos, acredita agora em « algo muito grande ». Apesar do arranque pouco convincente — uma vitória por 2-0 frente à Polónia, uma reviravolta contra a Dinamarca (2-1), e uma derrota pesada de 4-1 frente à Suécia —, a DFB-Team surge novamente como candidata ao título.
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« Desenvolvemo-nos como equipa ao longo do torneio », analisou Melanie Leupolz, antiga internacional alemã, agora retirada. Segundo ela, isso fortaleceu o grupo mesmo em momentos difíceis, algo que poderá ser determinante contra a Espanha nas meias-finais.
Giovanna Hoffmann, titular frente à França, destacou a resiliência do grupo: « As adversidades tornam-nos ainda mais fortes. » E não faltaram obstáculos: lesão da capitã Giulia Gwinn, suspensão de Carlotta Wamser, lesão de Linder, e agora as suspensões de Kathrin Hendrich (expulsa por puxar os cabelos de Griedge Mbock) e de Sjoeke Nüsken, por acumulação de cartões.
O técnico Christian Wück terá de reinventar o onze inicial, com opções como Sara Däbritz e Sydney Lohmann para o meio-campo e o possível regresso de Wamser na defesa.
Espírito de grupo e “mentalidade extrema”
Rebecca Knaak, defesa central de 29 anos, sublinha a força coletiva: “Ajudamo-nos mutuamente e sabemos o que cada jogadora precisa. O objetivo é que todas estejam a 100% no dia do jogo.”
Mesmo de fora por lesão, Lena Oberdorf garante: “Esta mentalidade extrema é o que nos pode levar à final.” E talento não falta: Klara Bühl, Jule Brand — que se juntará ao Lyon após o Euro — e Janina Minge, atual capitã, assumem as rédeas de uma equipa renovada após o Mundial de 2023.
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Anuncie aqui: clique já!“Cada jogadora está pronta para assumir responsabilidades, afirmou Hoffmann. O peso da história também está presente: oito títulos europeus e um legado que exige ser honrado.
« Antigamente, ganhávamos quase todos os Euros », recorda Leupolz. Hoje, a concorrência é mais forte, mas a ambição permanece: “Está na hora da Alemanha voltar a ganhar.” E a capitã Minge conclui com confiança: « Vamos ultrapassar as espanholas. »