Uma mulher italiana conseguiu escapar a um mandado de prisão durante dois anos disfarçando-se de freira e andando de convento em convento no norte do país.
A fugitiva, de 47 anos, foi condenada por fraude no final de 2017, num tribunal da Sicília, mas conseguiu fugir da ilha para as regiões da Lombardia e Piemonte, onde encontrou refúgio fingindo ser religiosa, revela o jornal The Guardian.
O esquema, segundo os investigadores, era simples: a mulher contactava conventos dizendo que era freira e que estava gravemente doente, alegando precisar de ajuda.
A polícia italiana afirma que a mulher mudou de identidade várias vezes, tendo chegado a apresentar-se como sobrinha de uma das irmãs do convento ou madre-superiora de outra congregação.
No entanto, na semana passada, foi descoberta. Uma freira de um convento de Gallarate, na Lombardia, desconfiou da identidade com que a mulher se apresentava e chamou a polícia, dizendo que as histórias dela estavam « cheias de contradições ».
A falsa freira foi detida e, à condenação por fraude, somam-se agora outras acusações, nomeadamente o recurso a identidades falsas.
Não é a primeira vez que uma situação como esta acontece em Itália: um membro conhecido da máfia siciliana, Totò Riina, vestia-se de padre para ir a reuniões com outros membros da organização. Também Bernardo Provenzano, outro chefe da máfia siciliana, vestiu-se várias vezes de bispo durante uma fuga que durou 43 anos, até que foi detido em 2006.