Governo/Moçambique: Professores do ensino primário moçambicano não entraram em greve

O Ministério da Educação moçambicano assegurou que os professores do ensino primário « aderiram aos exames » escolares em curso, não concretizando a ameaça de greve feita por grupos da classe em protesto contra a nova Tabela Salarial Única (TSU).

« Todos os professores cujas classes estão em exame aderiram aos exames e está tudo a correr muito bem », disse à Lusa o porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, Feliciano Mahalambe.

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Mahalambe avançou que as autoridades mantêm a abertura ao « diálogo permanente », visando a correção de falhas que estejam a ocorrer na implementação da TSU.

« A solução para eventuais erros não está no boicote aos exames, mas nas vias administrativas, porque os problemas são de natureza administrativa », acrescentou. »

Vários professores do sexto e sétimo anos, as classes que estão atualmente a realizar provas finais, disseram que os testes estão a decorrer normalmente e com a presença dos professores escalados para a operação.

Grupos de professores ameaçaram nos últimos dias boicotar, a partir de hoje, os exames que arrancaram na segunda-feira em todo o país, em protesto contra o que consideram erros de enquadramento na nova TSU.

Os grupos são principalmente constituídos por professores do ensino secundário, cujos exames arrancam no dia 28.

Além dos profissionais do ensino, outras classes profissionais têm manifestado descontentamento com a implementação da nova matriz remuneratória no Estado.

A Associação Médica de Moçambique remarcou para 5 de dezembro a greve nacional que havia agendado há uma semana, após avanços negociais, mas ainda a aguardar por resposta a várias reivindicações.

Por seu turno, a Associação Moçambicana de Juízes (AMJ) ameaçou impugnar o novo modelo salarial, considerando que o instrumento « põe em causa o estatuto constitucional dos juízes ».

Na quarta-feira, o ministro da Economia e Finanças moçambicano, Max Tonela, disse no parlamento que os casos de redução de salário líquido na função pública devem-se à carga fiscal aplicada aos ordenados pagos no âmbito da nova TSU. 

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