Publicite aqui

Hora de ponta em tempo de Covid-19

Quando a situação de transporte na capital do pais já estava difícil, com a chegada do vírus da Covid-19 ficou caótica. No dia 11 de Março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o COVID-19 como uma pandemia global.

Para fazer frente a pandemia que hoje lidera os assuntos sociais e conversas em mercados, o Governo moçambicano tornou público, na última semana de Março, um pacote de medidas administrativas de cumprimento obrigatório por todos os moçambicanos para evitar a propagação do Coronavírus.

Dentre elas está a obrigatoriedade do uso de máscaras em transportes e aglomerações e o carregamento de 3 passageiros por banco nos transportes públicos, por este ser um potencial meio de propagação massiva da covid-19. Facto que acaba criando uma enchente de pessoas que se pode ver nas paragens de transporte na capital.

Juvenal António trabalha na Matola e vive no CMC. Ele alega que está agastado com a falta de transporte. « Estou cansado de tanto ficar na paragem a espera de chapa que nunca chega e quando finalmente acho que irei para casa, ele arranca. Já não sabemos o que fazer, o salário não chega para cobrir as despesas com as ligações piora, para mim que sou chefe de família não consigo ». Ele afirma que chega a ficar parado por 2 a 3 horas.

Em jeito de apelo disse:  » que o governo resolva o problema da população, porque realmente estamos a passar mal », concluiu.

Este facto sucede depois que o Ministro dos Transportes e Comunicações fez um balanço positivo do novo sistema de mobilidade urbana introduzido em Maputo, há cinco meses. Para maior eficiência do serviço, Carlos Mesquita queria que o sector privado fosse “mais activo” uma vez que há défice neste sector. Entretanto, ao invés de ser mais activo não se faz sentir.

De lembrar que em Junho do ano passado, o grande Maputo e as outras províncias do país beneficiaram de uma oferta de 100 novos autocarros para o transporte urbano de passageiros. Que pouco são vistos. O lote doado pela China foi entregue pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, que outrora recomendou conservação e introdução urgente do bilhete electrónico.

Dos 100 autocarros 65 serão distribuídos pelos municípios de Maputo, Matola, Boane e o distrito de Marracuene e 35 vão ser alocados províncias.

Isso sem contar com os 80 autocarros que Moçambique recebeu no ano anterior, no âmbito da cooperação económica e técnica entre Moçambique e China, assinados em 2015 e 2016, em Macau. De reforçar que na altura foi dito que os autocarros seriam distribuídos pelas diversas capitais provinciais do país, sendo Maputo a que maior lote vai absorver.

leave a reply