O governo de Eswatini anunciou que Orville Isaac Etoria, de 62 anos, foi voluntariamente repatriado para a Jamaica, onde foi recebido calorosamente pelos familiares.
Etoria havia sido expulso dos Estados Unidos para Eswatini em julho, sob as duras regras de imigração implementadas pelo ex-presidente Donald Trump. O caso provocou condenação internacional, especialmente pela Legal Aid Society de Nova Iorque, que lembra que Etoria chegou aos EUA ainda criança e manteve estatuto de residente legal por décadas.
Junto de Etoria, quatro outros indivíduos, oriundos de Cuba, Laos, Vietname e Iémen, foram igualmente deportados. O governo norte-americano descreveu-os como “monstros depravados”. Desde então, os deportados foram mantidos em confinamento solitário numa prisão de máxima segurança em Mbabane, capital de Eswatini.
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Comprar um espaço para minha empresa.Os advogados dos outros quatro deportados relatam dificuldade em contatá-los, mas o governo de Eswatini afirma que está a tomar medidas para repatriá-los.
Segundo a Legal Aid Society, Etoria havia transformado a sua vida enquanto cumpria uma pena de 25 anos por homicídio, reintegrando-se na sociedade americana antes da deportação e sem ter recebido devido processo legal em Eswatini.
Ativistas em Eswatini também denunciaram o acordo como “inconstitucional” e organizaram protestos em frente à embaixada americana. Organizações de direitos humanos iniciaram ações legais com o objetivo de anular a deportação, argumentando que o governo não poderia fechar o acordo sem aprovação parlamentar, embora as autoridades afirmem ter agido dentro de suas competências legais.
Eswatini, anteriormente conhecido como Suazilândia, é o último reino absoluto da África, rodeado pela África do Sul e Moçambique, sob a liderança do Rei Mswati III desde 1986.