A polícia brasileira afirmou, no domingo, 4 de maio, ter desarticulado um atentado bombista no dia anterior, durante o mega-concerto gratuito de Lady Gaga no Rio de Janeiro. Dois suspeitos foram detidos.

Cerca de 2 milhões de pessoas reuniram-se na icónica praia de Copacabana até altas horas da madrugada para assistir à performance da diva norte-americana, que contou com um forte esquema de segurança.

«A polícia civil do Rio de Janeiro, em colaboração com o Ministério da Justiça, impediu um atentado bombista durante o espetáculo de Lady Gaga em Copacabana», escreveu a polícia no X. Segundo as autoridades, o plano foi orquestrado por um grupo que «divulgava discursos de ódio», promovendo a radicalização de adolescentes e a automutilação em plataformas digitais.

Os suspeitos teriam concebido o plano como um «desafio coletivo», com o objetivo de ganhar notoriedade nas redes sociais. As autoridades afirmam que o grupo visava crianças, adolescentes e a comunidade LGBT+, fortemente representada entre os fãs de Lady Gaga no Rio.

Explosivos artesanais e coquetéis Molotov

O «líder do grupo» e «responsável pelo plano» foi detido no estado do Rio Grande do Sul (Sul) enquanto portava uma arma de fogo. Um adolescente também está sob custódia no Rio de Janeiro. Na operação batizada « Fake Monster », a polícia realizou ainda 15 buscas em várias cidades do estado do Rio, bem como em São Paulo (Sudeste), Rio Grande do Sul e Mato Grosso (Oeste).

«Os envolvidos recrutaram participantes para promover ataques com explosivos artesanais e coquetéis Molotov», acrescentou a polícia.

As autoridades agiram de forma discreta, e o concerto, protegido por mais de 5.000 agentes, drones e câmaras de reconhecimento facial, decorreu sem incidentes.

«A polícia agiu de forma silenciosa, sem causar pânico (…) Intervimos de forma cirúrgica para evitar que o crime ocorresse», explicou Felipe Curi, responsável da polícia civil do Rio, citado num comunicado da instituição.

Após as revelações, a cantora norte-americana publicou uma mensagem no X, sem mencionar o ataque frustrado:

«O vosso coração brilha tanto, a vossa cultura é tão vibrante e especial… Espero que saibam o quanto sou grata por ter partilhado este momento histórico convosco.»