Copenhaga / Oslo – 23 de setembro de 2025 – Os aeroportos de Copenhaga e Oslo, dois importantes hubs de transporte na região nórdica, foram forçados a suspender todos os voos durante várias horas após a detecção de drones no espaço aéreo. O aeroporto de Copenhaga, o mais movimentado da região, permaneceu fechado por quatro horas, enquanto Oslo interrompeu operações por três horas.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, responsabilizou diretamente Moscovo pelos incidentes. Segundo ele, as violações do espaço aéreo de estados-membros da NATO representam uma provocação que exige resposta firme por parte dos aliados.

Em paralelo, surgiram informações de que a Rússia estaria a usar redes mafiosas para contrabandear armas e munições para Itália, intensificando receios de escalada do conflito.

A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, descreveu o evento como “o ataque mais sério à infraestrutura crítica do país até à data” e não descartou qualquer possibilidade sobre os responsáveis. Ela alertou que os ataques se enquadram em um padrão recente de incursões com drones, violações de espaço aéreo e ataques cibernéticos a aeroportos europeus.

Segundo a TV2 Dinamarca, os drones podem ter sido lançados a partir de três navios suspeitos próximos à costa dinamarquesa:

• O Astrol 1, navio de carga russo sancionado, que navegou pelo Øresund com manobras irregulares e lentas.

• O Pushpa, petroleiro sob bandeira do Benim, sancionado por transporte de petróleo russo, localizado a aproximadamente 80 km do aeroporto de Copenhaga no início da incursão.

• O Oslo Carrier 3, navio de carga norueguês, com vários tripulantes russos e cujo proprietário, Bulkship Management AS, possui escritório em Kaliningrado, enclave russo no Mar Báltico, localizado a cerca de 7 km do aeroporto de Oslo durante o incidente.

As autoridades continuam a investigar a origem dos ataques e a ligação entre os drones e os navios suspeitos, enquanto a tensão entre Rússia e países europeus aumenta diante do episódio.