Gaza, 4 de junho de 2025 – Pelo menos doze pessoas, entre as quais mulheres e crianças, morreram esta manhã no sul da Faixa de Gaza, na sequência de um ataque de drone israelita contra uma tenda de deslocados próxima da escola Al-Hinnawi, segundo anunciou a Defesa Civil da região.

Mahmoud Bassal, porta-voz desta organização de primeiros socorros, confirmou à AFP que a tenda visada abrigava famílias deslocadas pelo conflito. A escola Al-Hinnawi tem sido utilizada como refúgio por centenas de civis que fogem das zonas mais afetadas pelos bombardeamentos israelitas.

Além deste ataque, a Defesa Civil relatou mais quatro mortos em bombardeamentos separados noutras áreas da Faixa de Gaza. Contactado pela AFP, o exército israelita não respondeu de imediato às solicitações de comentário.

Desde meados de maio, Israel intensificou a sua ofensiva militar no enclave palestiniano. O objetivo declarado das autoridades israelitas é libertar os últimos reféns, tomar controlo total do território situado entre Israel, Egito e o Mar Mediterrâneo, e eliminar o grupo islamista Hamas, que governa Gaza desde 2007.

A atual guerra foi desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, no qual 1.218 pessoas morreram, a maioria civis, segundo dados oficiais compilados pela AFP. Na mesma ocasião, 251 pessoas foram sequestradas, das quais 57 permanecem em cativeiro em Gaza. De acordo com as autoridades israelitas, pelo menos 34 desses reféns terão morrido.

Do lado palestiniano, os números da tragédia são ainda mais expressivos: mais de 54.510 mortos, na sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas — números que a ONU considera credíveis. A campanha militar israelita, levada a cabo como retaliação ao ataque de outubro, continua a provocar devastação humana e humanitária.