Bursa, Turquia — 28 de Julho de 2025
Mais de 3.500 pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas nos arredores de Bursa, no noroeste da Turquia, após intensos incêndios florestais eclodirem durante o fim de semana. Na manhã desta segunda-feira, a cidade amanheceu coberta por uma densa nuvem de fumo, semelhante a nevoeiro, causada pela vegetação ainda em combustão.
As chamas estão a ser alimentadas por temperaturas anormalmente elevadas, condições de seca extrema e ventos fortes que afetam a Turquia e outras zonas do Mediterrâneo Oriental, atualmente sob o impacto de ondas de calor sem precedentes.
No domingo à noite, o número de mortos subiu para quatro só na região de Bursa, depois da morte de dois bombeiros voluntários que foram resgatados de um camião cisterna que capotou a caminho do incêndio. Ambos faleceram no hospital, segundo a agência de notícias IHA. Outras duas mortes já tinham sido confirmadas: um trabalhador morreu no local do acidente e um bombeiro faleceu após sofrer um ataque cardíaco.
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Comprar um espaço para minha empresa.Com estes novos casos, o número total de vítimas mortais associadas aos incêndios florestais na Turquia desde o final de junho aumentou para 17, incluindo 10 voluntários e funcionários florestais que perderam a vida na quarta-feira passada, durante um incêndio na cidade de Eskisehir, também no noroeste do país.
Segundo o ministro das Florestas, Ibrahim Yumakli, 44 incêndios distintos estavam a ser combatidos só no domingo. Ele destacou os fogos em duas zonas da província de Bursa, bem como nas regiões de Karabuk (noroeste) e Kahramanmaras (sul), como os mais graves.
Apesar de os danos terem sido limitados a algumas habitações, vastas áreas de floresta foram completamente destruídas. O governo turco declarou zonas de catástrofe nas províncias ocidentais de Izmir e Bilecik.
O ministro da Justiça, Yilmaz Tunc, anunciou que já foram iniciados processos judiciais contra 97 pessoas, em 33 das 81 províncias turcas, por suspeitas de envolvimento nos incêndios.
A crise é agravada por temperaturas extremas, como os 50,5°C registados no sábado no sudeste do país, o que representa um novo recorde nacional de temperatura, de acordo com o Ministério do Ambiente.