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Internacional/Médio-Oriente: Navio de ajuda a Gaza Madleen, com Greta Thunberg a bordo, é apreendido e levado a porto israelense

Ativistas internacionais enfrentam detenção e possível deportação após captura do barco em águas internacionais, reação internacional ainda é tímida

Um navio de ajuda humanitária com destino à Faixa de Gaza, o Madleen, foi apreendido ilegalmente por forças israelenses em águas internacionais e rebocado para o porto de Ashdod. A bordo estavam uma dúzia de ativistas internacionais, incluindo a ativista climática Greta Thunberg e a eurodeputada francesa Rima Hassan, que agora enfrentam detenção e possível deportação.

A coalizão Freedom Flotilla Coalition (FFC), responsável pela iniciativa que buscava chamar a atenção internacional para a iminente fome na Faixa de Gaza sitiada, informou que o navio foi capturado por volta das 4h02 (01h02 GMT) desta segunda-feira, a cerca de 200 km da costa de Gaza. O Madleen chegou a Ashdod já à noite.

Antes da apreensão, a coalizão divulgou um vídeo gravado no próprio barco, que havia saído da Sicília no dia 1º de junho, mostrando os ativistas com as mãos levantadas enquanto as forças israelenses embarcavam no navio, ato descrito pelos envolvidos como um “sequestro”.

O centro jurídico palestino Adalah, que representa os ativistas, afirmou que eles devem ser mantidos em uma instalação de detenção antes de serem deportados. Segundo o centro, Israel “não possui autoridade legal” para tomar posse do navio, que se encontrava em águas internacionais e seguia para as águas territoriais do Estado da Palestina, e não para Israel.

A prisão dos 12 ativistas desarmados representa, na visão do Adalah, uma grave violação do direito internacional.

Huwaida Arraf, organizadora da FFC, declarou à Al Jazeera que não houve contato com os detidos desde a captura na madrugada de segunda-feira. Ela ressaltou que advogados estão prontos para exigir acesso imediato aos ativistas.

O Madleen navegava sob bandeira do Reino Unido quando foi apreendido à força por comandos israelenses. Segundo Arraf, Israel invadiu águas internacionais e atacou território soberano do Reino Unido, uma ação que classifica como “claramente ilegal”.

Ela também lamentou a ausência de uma condenação firme por parte do governo britânico até o momento.

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