O Movimento Revolucionário de Angola (revús), afirmou que o Governo de João Lourenço pretende com o combate a corrupção distrair a opinião pública, quanto a actual situação sócio-económica dos cidadãos que está a deteriora-se a cada dia.
Emiliano Catumbela, um dos activistas do grupo, considera que a mudança só veio agravar a crise dos angolanos.
“Tivemos uma pequena pausa depois de tirarmos do poder José Eduardo dos Santos, pensávamos que teríamos uma melhoria com João Lourenço, mas enganamo-nos, temos um longo trabalho pela frente e precisamos de toda juventude que quer mudança no país, sem derramamento de sangue”, defende Catumbela, que diz haver “apenas uma vingança do Presidente contra o passado, enquanto o povo continua a sofrer”.
“O que queremos é que João Lourenço resolva os problemas do povo”, reforça Catumbela.
Albano Bingo Bingo, outro revú entende que José Eduardo dos Santos não foi o único a governar Angola e que outras figuras que ainda fazem do elenco no poder “delapidaram o país” e considera que as medidas actuais de combate à corrupçao é uma estratégia para distrair a opinião pública, dos reais problemas que os angolanos tem.
“Estamos a ser distraídos, porque o país entrou num caos sócio-económico, os preços dos produtos básicos subiram, as pessoas não estão a olhar pra aí, mas eles tentam abafar com os casos como de Isabel dos Santos”, explica Bingo Bingo, para quem “nós como cidadãos temos que cobrar os que estão no poder neste momento”.
Por sua vez, Arante Kivuvu, acrescenta que “esses processos todos servem apenas para distrair as pessoas, é tudo uma palhaçada”, e dá como exemplos várias processos como o do antigo ministro dos Transportes, Augusto Tomás, o processo conhecido por Burla a Tailandesa e o actual caso dos 500 milhões que não têm resultado em nada positivo.
Por: Pérzia Sitóe
