Moçambique aguarda notificação sobre doação de vacinas oriunda da África do Sul

As autoridades de saúde moçambicanas aguardam por uma notificação oficial sobre a doação de vacinas contra a covid-19 anunciada na segunda-feira pelo Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa.

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“A África do Sul ainda não nos contactou. É uma coisa nova, não temos conhecimento [oficial] dessa doação”, disse hoje à Lusa a diretora adjunta de Saúde Pública, Benigna Matsinhe, admitindo que haja desenvolvimentos nos próximos dias.

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou na segunda-feira que Moçambique vai receber vacinas contra o novo coronavírus no âmbito de uma doação da operadora sul-africana de telecomunicações MTN a países da região.

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Segundo referiu, além de Moçambique, o donativo abranger também outros países vizinhos, nomeadamente, Lesoto, Essuatíni, Botsuana, Zimbabué e a Namíbia.

O chefe de Estado sul-africano não especificou a quantidade de doses nem o tipo de vacina contra a covid-19 que a operadora vai doar.

As autoridades moçambicanas aguardam por mais informação e tem, entretanto, “um plano de compra de vacinas: fizemos as propostas e estamos à espera das respostas”, frisou Benigna Matsinhe.

Nas suas últimas projeções, o ministro da Saúde de Moçambique, Armindo Tiago, manifestou a intenção de antecipar para fevereiro ou março a data de chegada de vacinas ao país, após ter apontado julho como mês de arranque da inoculação em Moçambique, no âmbito do mecanismo internacional Covax.

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A iniciativa, lançada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), prevê distribuir, pelo menos, dois mil milhões de doses até ao final de 2021 por forma a imunizar 20% das pessoas mais vulneráveis em 91 países pobres, principalmente em África, na Ásia e na América Latina.

A África do Sul, de longe o país mais afetado pela pandemia no continente, recebeu na segunda-feira o primeiro lote de um milhão de doses de uma vacina contra a covid-19 produzida na Índia, sendo que um segundo lote de 500.000 doses produzido na Índia é aguardado no próximo mês, segundo o chefe de Estado, que anunciou mais cerca de 30 milhões de doses da vacina contra a covid-19 para o segundo trimestre.

Segundo dados avançados pelo Ministério da Saúde, Moçambique registou, só no mês de janeiro, mais casos, mais internamentos e mais mortes por covid-19 do que em todo o ano de 2020.

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Desde o anúncio do primeiro caso, o país registou cumulativamente 386 mortes e 39.460 casos de infeção pelo novo coronavírus, dos quais 62% estão recuperados.

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