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Moçambique/Desporto: Apoio da CDM evita colapso imediato do Moçambola, mas desafios estruturais persistem

Apoio financeiro solicitado pelo Presidente Daniel Chapo vai cobrir passagens aéreas e reforçar a segurança das equipas, após acidentes rodoviários

O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, recebeu esta sexta-feira (08), em Maputo, representantes da Cervejas de Moçambique (CDM), que anunciaram a disponibilização imediata de 1 milhão de dólares norte-americanos (cerca de 65 milhões de meticais) para garantir a continuidade do Campeonato Nacional de Futebol – Moçambola.

O apoio, que responde a um apelo directo do Chefe de Estado, será aplicado principalmente no pagamento de passagens aéreas para as equipas participantes, numa acção coordenada entre a CDM e as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM). O objectivo é reduzir as longas e desgastantes deslocações terrestres, associadas a fadiga e a acidentes rodoviários — como o que vitimou recentemente um membro da Associação Desportiva de Vilankulo (ADV) e feriu outros elementos da equipa.

Mais do que um campeonato: segurança e unidade nacional

Durante o encontro, Daniel Chapo sublinhou que esta intervenção faz parte de um esforço mais amplo para revitalizar e dinamizar o Moçambola, reforçando o seu papel estratégico na promoção da unidade nacional, no desenvolvimento da juventude e na projeção internacional do desporto moçambicano.

O Presidente anunciou ainda que, nos próximos dias, será promovida uma reflexão alargada com o Governo, sector privado, Federação Moçambicana de Futebol (FMF), clubes e parceiros, para encontrar soluções estruturais que assegurem a estabilidade e a sustentabilidade da competição.

O gesto e a mensagem

A CDM reafirmou o seu compromisso com o desenvolvimento desportivo, lembrando que o futebol é uma plataforma de união, inclusão e inspiração para milhares de jovens. Chapo elogiou o gesto como um exemplo de responsabilidade social empresarial, incentivando outras empresas a seguir o mesmo caminho.

Com este apoio, o Governo e parceiros esperam criar condições para um Moçambola mais seguro, competitivo e regular, fortalecendo a imagem do campeonato e ampliando as oportunidades para atletas, clubes e adeptos em todo o país.

O que muda — e o que não muda

 Muda:

  • Viagens mais seguras e rápidas para as equipas, reduzindo riscos e melhorando a preparação física.

  • Continuidade imediata do campeonato, evitando a sua suspensão.

Não muda (ainda):

  • Modelo de financiamento instável e dependente de apoios pontuais.

  • Necessidade de uma estratégia a longo prazo para garantir sustentabilidade e crescimento.

Sem reformas estruturais, o apoio agora anunciado pode acabar por ser apenas um “balão de oxigénio” temporário.

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