Moçambique/Dívidas: Tribunal Supremo ordenou libertação de 11 dos 18 detidos

O Tribunal Supremo de Moçambique ordenou a libertação de 11 dos 18 detidos no país no âmbito do processo principal de investigação às “dívidas ocultas” do Estado, disse hoje à Lusa fonte daquele órgão de justiça.

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Vão ser libertados sob caução Zulficar Ahmad, Fabião Mabunda, Manuel Matusse, Maria Moiane (secretária do ex-presidente Armando Guebuza), Sérgio Namburete e Khessaujee Pulchand.

Outros arguidos serão libertados sob termo de identidade e residência, no caso, Mbanda Henning, Simione Mahumane, Crimildo Manjate, Naimo Quimbine e Sidónio Sitoe. 

Continuam detidos sob prisão preventiva Ndambi Guebuza (filho do ex-presidente Armando Guebuza), Bruno Langa, Ângela Leão, Gregório Leão, Cipriano Mutota, Teófilo Nhangumele e António do Rosário, funcionário dos serviços de informação do Estado e administrador-delegado das três firmas públicas envolvidas no escândalo.

O Supremo decidiu após recursos interpostos pela defesa.

As primeiras detenções em Moçambique foram feitas há dois anos.

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As “dívidas ocultas” estão relacionadas com empréstimos no valor de 2,2 mil milhões de dólares (cerca de dois mil milhões de euros), contraídos entre 2013 e 2014 junto das filiais britânicas dos bancos de investimentos Credit Suisse e VTB pelas empresas estatais moçambicanas Proindicus, Ematum e MAM.

Os empréstimos foram secretamente avalizados pelo Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), liderado por Armando Guebuza, sem o conhecimento do parlamento e do Tribunal Administrativo.

O Ministério Público moçambicano acusa os arguidos do processo principal, ainda sem julgamento marcado, de associação criminosa, chantagem, corrupção passiva, peculato, abuso de cargo ou função, violação de regras de gestão e falsificação de documentos.

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