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Moçambique/Economia: Grafite estratégico, Austrália desafia a China e relança produção em Moçambique

Com a reabertura da mina de Balama, a australiana Syrah Resources reforça a sua posição no mercado global de baterias eléctricas e transforma Moçambique num campo-chave da nova guerra energética.

A Syrah Resources, mineradora australiana que opera no distrito de Balama, na província de Cabo Delgado, anunciou esta quinta-feira, 19 de junho, que retomou a produção de grafite natural, essencial para a produção de baterias de carros eléctricos, após seis meses de paragem devido à agitação social no país.

Num comunicado enviado aos mercados e citado pela agência Lusa, a empresa esclarece que o “reinício da produção aconteceu após o restabelecimento, a 5 de maio, do acesso ao local de produção, na sequência de actividades de remobilização, inspecção, manutenção e preparação”.

Segundo a mineradora, “a Syrah aumentará progressivamente a utilização da fábrica e os volumes de produção, numa campanha operacional para reabastecer o stock de produtos acabados. Sujeito à procura do mercado, esperamos continuar a operar a mina de Balama”, lê-se no documento.

A empresa adianta que há uma “procura significativa e crescente por produtos de grafite natural, particularmente fora da China, devido a interrupções no fornecimento global”, razão pela qual prevê “acelerar as entregas no terceiro trimestre deste ano”.

Apesar da retoma, a Syrah Resources esclarece que a declaração de “força maior” — que levou à suspensão da actividade — permanece em vigor, conforme estipulado no Acordo de Mineração de Balama, e permanecerá até que se restabeleçam os envios regulares de produtos e haja uma “revisão mais aprofundada do ambiente operacional”.

A mina de Balama é uma das maiores reservas de grafite do mundo, sendo um ponto estratégico para o abastecimento da indústria de baterias, especialmente num contexto de transição energética global.

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