L’opera Du Villageois

Zora Snake – Cameron

CCFM – SALA GRANDE / 16H / GRATUITO

// PT

Em L’opéra du villageois, Zora Snake abre um espaço de diálogo entre os corpos e as obras de arte expostas nos nossos museus actuais, na intersecção do imaginário. Para ele, é uma forma de repensar a nossa relação com os museus e os nossos laços com as obras de arte, tanto na Europa como em África. O seu trabalho artístico cruza-se com o debate sobre a restituição, o dano, a memória, a reparação, o restauro e o regresso de obras consideradas nas nossas colecções de museus como “objectos de arte” ou vestígios de civilizações perdidas e fantasiadas.

O coreógrafo, bailarino e performer propõe-se inverter a perceção que temos destes objectos nos museus, reativar o carácter patrimonial ligado aos legados ancestrais que habitam as suas obras tratadas como “objectos de coleção de arte”, mais precisamente máscaras e estatuetas sob a forma de “objectos-sujeito”, habitados pelas forças e poderes daqueles que os conceberam e que devem regressar à sua terra de origem.

// EN

In the villager’s opera, Zora Snake opens a space for dialogue between the bodies and the works of art exhibited in our museums today at the interstice of the imagination. For him, it is a way to rethink our relationships with museums and our links with works of art both in Europe and in Africa. Doing artistic work that crosses the debate of restitutions, damages, memories, repairs, restorations and returns of works perceived in our museum collections as “art objects” or even a trace of lost and fantasized civilizations.

The choreographer, dancer and performer proposes to return the perception we have of these objects to museums to reactivate their heritage character linked to ancestral legacies inhabited by his works treated as “art collection objects”, more precisely the masks and statuettes in the form of “object-subjects”, inhabited by the forces and powers of those who designed it and who must return to their original land.