Em um vídeo enviado à BBC por seu advogado, Hamza anunciou no sábado que foi posto em « prisão domiciliar » em seu palácio de Amã, após ser acusado pelas Forças Armadas de atividades contra « a segurança do reino ». Nas imagens, ele afirma que o chefe do Estado Maior do Exército havia visitado sua casa e lhe dito que « não podia sair ». O vice-premiê Tawfiq Krishan, encarregado do Ministério da Segurança Interna, esclareceu nesta tarde que “entre 14 e 16 pessoas” foram detidas.
O príncipe negou ter participado de um complô e acusou as autoridades do seu país de « corrupção » e « incompetência ». Hamza é o filho mais velho do rei Hussein e de sua esposa americana, a rainha Noor, cujo nome de solteira era Lisa Halaby.
De acordo com o desejo do seu pai, falecido em 1999, ele foi nomeado príncipe-herdeiro quando Abdullah se tornou rei. Mas em 2004, Abdullah 2º retirou-lhe o título e o deu ao seu filho mais velho, Hussein.
Em um comunicado, o chefe do Estado maior jordaniano, general Yussef Huneiti, declarou que o príncipe Hamza tinha sido « chamado a deter as atividades que poderiam ser utilizadas para socavar a estabilidade e a segurança do reino », mas negou sua detenção. « Ninguém está acima da lei. A segurança e a estabilidade da Jordânia são a prioridade. Todas as medidas tomadas estavam dentro do âmbito da lei e foram adotadas após uma investigação exaustiva », acrescentou.