A polícia colombiana utilizou drones para localizar Federico Starnone, conhecido como «Fedi», que residia num apartamento numa zona nobre da cidade de Cali, no sudoeste da Colômbia. A sua detenção foi anunciada no domingo pelas autoridades locais.
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Comprar um espaço para minha empresa.Starnone era procurado pela Interpol e apontado na Colômbia como o sucessor de Giuseppe Palermo, detido em Bogotá há um mês numa grande operação conjunta entre a Colômbia e a Itália.
Para a ação, foram mobilizados cerca de dez agentes das forças especiais, equipados com material tático e armas automáticas. O homem foi preso, em coordenação com as autoridades italianas, no seu apartamento em Cali. Pouco antes da detenção, as autoridades o tinham filmado a tomar café na varanda.
O diretor da polícia de Cali, Henry Bello, destacou num comunicado que Starnone «liderava alianças criminosas» com o maior cartel de tráfico de drogas da Colômbia, o Clan del Golfo, com o Primeiro Comando da Capital do Brasil e com a gangue Los Choneros do Equador, cujo líder, conhecido como «Fito», está a ser julgado nos Estados Unidos por tráfico de drogas após ter sido recentemente extraditado.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, afirmou na rede social X que Federico Starnone é um «comprador a grosso da cocaína para a máfia italiana». Segundo as autoridades, a organização enviava a cocaína para a Europa, escondida em contentores carregados de fruta e café. O homem «levava uma vida discreta», conforme comunicado policial.
A Colômbia é o maior exportador mundial de cocaína e bateu, no ano passado, recordes na produção desta droga, segundo relatório da ONU. O país enfrenta uma guerra interna há mais de meio século entre guerrilhas, narcotraficantes e forças governamentais, vivendo a pior crise de segurança da última década devido à violência dos grupos armados que lucram com o tráfico de drogas.