O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, regressou à Casa Branca nesta segunda-feira para se encontrar com o Presidente dos EUA, Donald Trump, em novas conversações visando pôr fim à guerra na Ucrânia.
Diversos líderes europeus também viajaram a Washington para participar do encontro, poucos dias depois de Trump ter se reunido com o Presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca, em uma cimeira que não resultou em cessar-fogo.
Apesar de palavras otimistas de Trump e avaliações mais moderadas dos parceiros europeus, até a noite de segunda-feira não houve compromissos concretos sobre garantias de segurança ou passos para um acordo de paz.
Possível reunião entre Putin e Zelensky
Após a cimeira, Trump publicou nas redes sociais que havia contatado Putin para iniciar negociações diretas entre ele e Zelensky, prevendo uma eventual reunião trilateral com a sua participação.
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Comprar um espaço para minha empresa.Um assessor de Putin confirmou posteriormente que os dois líderes conversaram por 40 minutos por telefone na segunda-feira.
Zelensky vinha pressionando há meses por um encontro com Putin, possivelmente para demonstrar que o Kremlin não tem interesse real em buscar a paz. Moscovo tem rejeitado reiteradamente a ideia de um encontro direto.
Um comunicado não compromissado do assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, afirmou que é “valioso explorar a possibilidade de elevar o nível dos representantes” nas negociações entre Rússia e Ucrânia.
Cessar-fogo em debate
Trump aparentou descartar a necessidade de um cessar-fogo prévio às negociações, embora a Ucrânia considere isso pré-requisito essencial para avançar nas conversações com Moscovo.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, respondeu com firmeza: “Não consigo imaginar que a próxima reunião ocorra sem um cessar-fogo. Vamos trabalhar para pressionar a Rússia”.
Garantias de segurança dos EUA
Trump garantiu a Zelensky que os EUA ofereceriam apoio à segurança da Ucrânia em qualquer acordo de paz, sem detalhar a extensão da assistência. O Presidente norte-americano não descartou a presença de tropas americanas no país, ressaltando que a Europa é a primeira linha de defesa, mas que os EUA estariam envolvidos.
Zelensky anunciou também um acordo de armas de 90 bilhões de dólares com os EUA, incluindo sistemas de aviação, anti-mísseis e drones, que apoiarão a produção doméstica de veículos não tripulados. As garantias de segurança devem ser detalhadas nos próximos 10 dias.
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Durante o encontro, Zelensky adotou uma postura conciliadora, incluindo uma troca de cartas com a Primeira-dama ucraniana, entregues à primeira-dama americana. Líderes europeus também destacaram o papel de Trump na facilitação do diálogo, reforçando a importância de garantias de segurança para o continente.