Uma vez que a Ucrânia e os países ocidentais se preocupam com uma invasão russa, a OTAN comprometeu-se a “continuar a tomar todas as medidas necessárias para proteger e defender todos os seus aliados”.
Os países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) colocaram as suas forças armadas em alerta e decidiram enviar reforços para a Europa de Leste, incluindo navios de guerra e caças, disse na segunda-feira (24 de Janeiro) o Secretário-Geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, uma vez que a Ucrânia e os países ocidentais se preocupam com um possível ataque russo.
Agradeço aos aliados por fornecerem mais forças à OTAN”, disse Stoltenberg numa declaração. A OTAN continuará a tomar todas as medidas necessárias para proteger e defender todos os seus aliados, incluindo o reforço da parte oriental da Aliança. Responderemos sempre a qualquer deterioração do nosso ambiente de segurança, inclusive através do reforço da nossa defesa colectiva”.
“A Dinamarca está a enviar uma fragata para o Mar Báltico e prepara-se para enviar quatro caças F-16 para a Lituânia para apoiar a longa missão de policiamento aéreo da OTAN na região (…). A Espanha está a enviar navios para se juntarem às forças navais da OTAN e está a considerar o envio de caças de combate para a Bulgária”, diz a declaração.
“A França disse estar pronta a enviar tropas para a Roménia sob o comando da OTAN. Os Países Baixos vão enviar dois caças F-35 para a Bulgária a partir de Abril para apoiar o policiamento aéreo da OTAN na região, e está a colocar um navio e unidades terrestres em prontidão para a Força de Reacção da OTAN”, acrescentou a declaração. “Os Estados Unidos também deixaram claro que tencionam aumentar a sua presença militar na parte oriental da Aliança”, disse a OTAN.
Washington ordena aos diplomatas americanos em Kiev que partam
No domingo, o governo americano ordenou às famílias dos diplomatas americanos em Kiev que deixassem o país “devido à ameaça contínua de uma operação militar russa”.
O pessoal local e o pessoal não essencial podem deixar a embaixada se assim o desejarem, e os cidadãos norte-americanos residentes na Ucrânia “devem considerar agora” deixar o país por voos comerciais ou outros meios de transporte, acrescentou a declaração do Departamento de Estado norte-americano.
Londres anunciou também na segunda-feira a retirada do pessoal da sua embaixada em Kiev. “A embaixada britânica permanece aberta e continuará a desempenhar as suas tarefas essenciais”, disse o ministério.
“Embora respeitando o direito dos Estados estrangeiros a garantir a segurança das suas missões diplomáticas, consideramos este passo do lado dos EUA prematuro” e “excessivo”, disse o porta-voz diplomático ucraniano Oleg Nikolenko numa declaração.
A União Europeia não pretende seguir os Estados Unidos na recordação das famílias dos seus diplomatas, anunciou na segunda-feira o chefe da diplomacia europeia. “Penso que não devemos dramatizar a situação e penso que não devemos deixar a Ucrânia, a menos que os Estados Unidos nos forneçam informações que justifiquem esta decisão”, disse Josep Borrell. O chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, deverá falar na segunda-feira por videoconferência durante uma reunião dos ministros dos negócios estrangeiros da UE.