O mês de Outubro é dedicado à prevenção e sensibilização para o cancro da mama, o cancro mais comum entre as mulheres. Um estudo recente indica que a poluição atmosférica favorece o seu aparecimento.
Os dados provêm do projecto E3N, conduzido pela Inserm desde 1990, que se centra na saúde da mulher. A exposição ao NO2, modelada pelos modelos CHIMERE e LUR – dois instrumentos informáticos que permitem estudar os efeitos dos poluentes atmosféricos sobre a saúde – foi estimada para 10.444 mulheres de acordo com o seu local de residência. Destas mulheres, metade tinha cancro da mama e metade não tinha.
NO2 e cancro da mama, uma associação arriscada
Os resultados mostram que a exposição prolongada ao NO2 aumenta o risco de cancro da mama: em 13% para as medições CHIMERE e em 7% para as medições LUR. Os cientistas notam variações significativas dependendo se o cancro da mama é receptor de estrogénio positivo ou negativo (ER+). O risco de cancro da mama ER+ aumenta em 17% e 8% após exposição prolongada ao NO2, de acordo com as medições CHIMERE e LUR, respectivamente.
Esta análise fornece provas que sugerem que a poluição do ar aumenta o risco de cancro da mama, além de promover o desenvolvimento de doenças respiratórias, entre outras.