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Internacional/Ásia: Confronto diplomático na ONU, Paquistão rebate acusações da Índia e denuncia terrorismo estatal

Em meio a tensões históricas e recentes escaladas militares, representante paquistanês na 80ª sessão da Assembleia Geral da ONU acusa a Índia de práticas hegemônicas e de financiamento ao terrorismo regional

Islamabad/Nova Iorque – As relações entre Paquistão e Índia continuam profundamente tensas, refletindo quatro guerras desde a independência. Uma escalada militar breve, porém intensa, ocorreu no início deste ano após ataques aéreos indianos no Paquistão, em retaliação ao ataque em Pehalgam, na Caxemira ocupada, que matou mais de duas dezenas de pessoas. O Paquistão negou envolvimento, e a crise foi contida após intervenção dos Estados Unidos. Desde então, as relações entre os dois vizinhos nucleares se tornaram extremamente azedas.

O conflito diplomático se desenrolou no quinto dia (27 de setembro) da 80ª sessão da Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, quando os intercâmbios se tornaram acalorados, mesmo na ausência do tradicional confronto entre primeiros-ministros. Os ataques mais incisivos ocorreram durante o Direito de Resposta, quando o representante indiano Rentala Srinivas classificou o Paquistão como um “Estado terrorista”, declarando: “Nenhum argumento ou falsidade pode jamais encobrir os crimes de Terroristão.”

Em resposta, Muhammad Rashid, Segundo Secretário da Missão do Paquistão, condenou as declarações como “totalmente vergonhosas”, acusando a Índia de rebaixar-se a distorcer o nome de um país membro da ONU. Rashid refutou ainda as alegações de terrorismo apresentadas anteriormente pelo ministro indiano Jaishankar, classificando a tentativa de distorção como “indigna”, e afirmou que a Índia “não é apenas uma perpetradora serial de terrorismo, mas um bully regional que mantém a Ásia do Sul refém de seus desígnios hegemônicos e ideologia radical.”

O diplomata paquistanês conclamou a comunidade internacional a observar o comportamento irresponsável da Índia, destacando que “ao usar esse tipo de retórica, a Índia diminui sua própria credibilidade, mostrando ao mundo que não possui argumentos substanciais a oferecer — apenas ataques baratos que não merecem um debate sério.”

Rashid questionou o tom agressivo das declarações indianas, afirmando que “essa linguagem não reflete nem maturidade nem responsabilidade, apenas revela frustração e mesquinhez”. Ele também acusou a Índia de apoiar e patrocinar grupos terroristas fora de suas fronteiras, alegando que agentes de inteligência indianos foram acusados de financiar e dirigir operações de sabotagem e assassinatos seletivos ao redor do mundo.

O diplomata destacou ainda que tais ações “minam a estabilidade regional e violam o direito internacional”, evidenciando a duplicidade das alegações indianas de combate ao terrorismo e levantando preocupações sobre o papel da Índia em fomentar, em vez de combater, o terrorismo. Rashid sublinhou que as declarações de Jaishankar foram “totalmente desprovidas de fatos”, representando uma tentativa de manchar a imagem do Paquistão.

Ao mesmo tempo, o Paquistão reafirmou seu compromisso com a paz na Ásia do Sul, destacando que a paz não pode ser alcançada por meio de ameaças e intimidação. O diplomata convidou a Índia a “abraçar a paz”, afirmando que “progresso verdadeiro exige sinceridade, respeito mútuo, diálogo e diplomacia — princípios que o Paquistão mantém, e que a Índia deve finalmente escolher seguir, se deseja realmente a paz.”

Na sexta-feira, em seu discurso na ONU, o Primeiro-Ministro Shehbaz Sharif ressaltou a necessidade de uma liderança proativa em vez de provocativa para a região, citando a recente agressão indiana contra o Paquistão.

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