Africa: Indústria africana do petróleo e do gás em perigo

Numa carta aberta aos líderes mundiais na COP26, o presidente da Câmara Africana de Energia (AEC na sigla em Inglês), NJ Ayuk , disse que, face à crescente pressão sobre o continente para reduzir a sua produção de energia fóssil, a indústria do petróleo e do gás se encontra numa situação precária.

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Durante a COP 26 em Glasgow, os líderes mundiais reiteraram o seu compromisso com a redução das emissões de gases de efeito estufa, o que implica uma redução no uso de combustíveis fósseis a montante.

É de constatar que esses líderes mundiais assinam o que lhes convém. Por exemplo o acordo sobre o carvão, não inclui os EUA, a Austrália, a China e a India entre outros.

O Botswana já anunciou que vai continuar a emitir autorizações de exploração das suas minas de carvão.

A transição energética – a respetiva falta de financiamento – associada à pressão na redução no uso dos combustíveis fósseis constituem uma verdadeira dor de cabeça, especialmente para os produtores africanos.

Isso ocorre porque os combustíveis fósseis continuam a ser de suma importância para atender às necessidades económicas e de energia de África, que são maiores do que nunca num momento de recuperação económica, escreveu NJ Ayuk.

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Para o Presidente da Câmara Africana de Energia, de facto, muitos países da região dependem da produção de petróleo, gás e carvão para suas receitas públicas e para o consumo interno e segundo ele, a pressão não é bem-vinda, pois o roteiro de energia para muitos desses países exige o uso crescente de gás natural para promover o acesso universal à eletricidade.

Além disso, o presidente da Câmara Africana de Energia, lamenta que as empresas internacionais do setor estejam a dar indicações de se retirar dos projetos de desenvolvimento em favor de projetos de transição energética.

Isso afetará, acrescenta NJ Ayuk, as receitas dos países africanos e vai impedir o financiamento de projetos de energia renovável no futuro para equilibrar as suas combinações de energia.

“Estamos a enfrentar desafios de todos os tipos. A nossa sobrevivência económica depende de uma indústria de petróleo e gás próspera e estrategicamente administrada, e os governos africanos devem agir agora para proteger a nossa indústria e o nosso futuro […]. Ainda há tempo para os governos africanos assumirem a liderança e reformular o nosso futuro. Mas a janela de oportunidade é pequena e temos que aproveitar cada tendência”, explicou NJ Ayuk.

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Para Ayuk, é essencial que a África construa a infraestrutura de que precisa para ser capaz de industrializar e diversificar suas economias e os apelos para abandonar os combustíveis fósseis não estão a ajudar a situação atual nesses países.

Mas NJ Ayu não está sozinho, vários líderes africanos exprimiram-se claramente sobre o assunto tendo a Nigéria declarado há poucos dias que os países devem poder avançar para a transição ao seu próprio ritmo.

O presidente do Uganda, durante uma entrevista a agência Bloomberg disse que nada nem ninguém impediria o país de explorar o seu próprio petróleo.

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