Austrália multa Meta por uso enganoso de dados de utilizadores

Um tribunal australiano multou hoje duas subsidiárias da Meta, proprietária da rede social Facebook, em 20 milhões de dólares australianos (12,2 milhões de euros) pela recolha e “utilização enganosa” de dados pessoais dos utilizadores.

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A juíza do Tribunal Federal da Austrália Wendy Abraham explicou na sentença que o Facebook Israel e a Onavo, subsidiárias da Meta, admitiram que “ofereceram, publicitaram e promoveram” entre 01 de fevereiro de 2016 e 31 de outubro de 2017, a aplicação Onavo Protect, na App Store e na Play Store, para utilizadores dos sistemas iOS e Android, respetivamente.

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A Onavo Protect era uma rede privada virtual (VPN), detida pelo Facebook, que permitia uma navegação privada e segura na Internet, com a promessa de proteger as informações dos utilizadores.

Em vez disso, a Onavo Protect recolheu “uma grande variedade de dados” sobre a forma como os utilizadores usavam os telemóveis, de “forma anónima e agregada”, e forneceu-os à Meta, que usou esses dados “para uma série de fins comerciais”, concluiu o acórdão do tribunal.

A decisão do Tribunal Federal ocorre depois de a Comissão Australiana de Concorrência e Consumidores (ACCC) ter processado as duas subsidiárias da Meta em dezembro de 2020, alegando que os dados foram usados pelo Facebook para campanhas de marketing e aquisições potenciais.

O Facebook, que nos últimos anos adquiriu várias empresas como o Youtube, o Instragram e o Whatsapp, comprou os fabricantes de VPN, Onavo (EUA) e Onavo Mobile (Israel), em 2013.

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No ano passado, um tribunal federal australiano multou a Google, na sequência de uma ação judicial da ACCC, em 60 milhões de dólares australianos (36,7 milhões de euros) por “declarações enganosas” sobre a recolha e utilização de dados de localização nos telemóveis Androids entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018.

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