Autoridades moçambicanas apreendem 103 quilos de drogas no norte do país

As autoridades moçambicanas apreenderam 103 quilos de drogas escondidas num fundo falso do atrelado de uma viatura na província de Nampula, no norte de Moçambique, disse hoje à Lusa fonte da polícia.

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A droga, que se suspeita que seja heroína, ‘crack’ e haxixe, estava disfarçada em sacos plásticos, tigelas e embalagens de café, segundo Zacarias Nacute, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula.

Os pacotes foram apreendidos no domingo, durante uma fiscalização policial ao longo da Estrada Nacional N.º01, no distrito de Murrupula, na província de Nampula.

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“A viatura foi mandada parar e o motorista fugiu. Quando revistamos o carro encontramos um fundo falso no veículo atrelado, aparentemente vazio, e que continha as drogas”, afirmou o porta-voz.

Durante a fuga, o motorista do furgão de transporte de passageiros deixou cair os seus documentos, o que, segundo o porta-voz da PRM, deverá facilitar as investigações para a sua localização.

A PRM avançou que ainda aguarda o relatório do Sernic para saber de que drogas se trata, ao mesmo tempo que decorrem investigações para a detenção do motorista.

Na mesma província, em janeiro, a polícia moçambicana deteve um homem na posse de 61 quilos de heroína e cinco de metanfetamina em Nacala Porto.

Mais tarde, no final do mesmo mês, uma fragata da marinha francesa apreendeu 444 quilos de metanfetaminas e heroína num ‘dhow’ (embarcação à vela, artesanal, típica do Índico) no Canal de Moçambique (onde França tem algumas ilhas), num valor estimado superior a 40 milhões de euros.

Moçambique é apontado por várias organizações internacionais como um corredor para o tráfico internacional de estupefacientes.

De acordo com a UNODC, as autoridades do Quénia e da Tanzânia, países a norte de Moçambique, aumentaram a vigilância nos últimos anos, empurrando os traficantes para sul, em direção à costa moçambicana, “em busca de novas rotas e novos mercados”.

Ainda segundo dados divulgados pelas Nações Unidas, as autoridades moçambicanas identificaram, em dois anos, cerca de meia centena de vítimas de tráfico de pessoas, a maioria para trabalhos forçados.

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