Celebridades: Nova Miss Universo é indiana

A edição deste ano, em Israel, esteve ligada a várias polémicas, entre elas a insensibiliade cultural das candidatas e os sucessivos apelos ao boicote do concurso em apoio à causa palestiniana.

A coroa Miss Universo deste ano foi atribuída à indiana Harnaaz Sandhu. A jovem foi coroada na segunda-feira na cidade israelita de Eilat, na 70ª edição do concurso anual. A nova Miss Universo venceu a Miss Paraguai, Nadia Ferreira, e a Miss África do Sul, Lalela Mswane. 

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As participantes no concurso devem ter entre 18 e 28 anos de idade. De acordo com as estimativas dos organizadores, a cerimónia de coroação terá sido assistida por 600 milhões de espectadores em 172 países.   

A edição desta ano esteve ligada a várias polémicas, entre elas a insensibiliade  cultural das candidatas, os sucessivos apelos ao boicote em apoio à causa palestiniana, e à pandemia do coronavírus.   

As concorrentes estão em Israel desde finais de novembro e desde então têm visitado locais turísticos, enfrentando por vezes críticas de insensibilidade cultural. Numa paragem na cidade beduína [grupos nómadas] de Rahat, usaram vestidos com bordados tradicionais palestinianos enquanto enrolavam folhas de uva. Na altura a Miss Filipinas tweetou uma mensagem que provocou a ira de vários internautas.: “foi um dia na vida de um beduíno”. 

Em Israel, os beduínos, um povo tradicionalmente nómada, pertencem à comunidade de cidadãos palestinianos do Estado judeu, que há muito se queixam da discriminação por parte das autoridades israelitas em matéria de habitação e educação. “Colonialismo, racismo, apropriação cultural, patriarcado, ‘lavagem de brancos’, tudo num só lugar”, tweetou Ines Abdel Razek do grupo de defesa do Instituto Palestiniano de Diplomacia Pública.   

Apelos ao boicote devido à causa palestiniana

A causa palestiniana foi também a base para os sucesssivos apelos ao boicote do concurso devido à causa palestiniana. O Departamento de Desporto, Cultura e Artes da África do Sul tinha instado a concorrente do seu país – que acabou por ficar nos três primeiros lugares – a não participar no concurso devido “às atrocidades cometidas por Israel contra os palestinianos”. 

Também as organizações palestinianas tinham apelado às candidatas para não participarem no evento. “Instamos todos os participantes a retirarem-se, para evitar a cumplicidade com o regime do apartheid de Israel e a sua violação dos direitos humanos palestinianos”, apelou a Campanha Palestiniana para o Boicote Académico e Cultural de Israel. 

Numa entrevista com a AFP, a Miss Universo da edicão passada, Andrea Meza do México considerou que o desfile deveria ficar longe da política. “A Miss Universo não é um movimento político ou religioso”, afirmou.

Mas houve quem o fizesse. A Indonésia e a Malásia, que não têm relações diplomáticas com Israel, não enviaram concorrentes, citando dificuldades devido à pandemia. 

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Já entre os concorrentes estavam a Miss Marrocos, Kaouthar Benhalima, e a Miss Bahrein, Manar Nadeem Deyani, cujos países normalizaram as relações com Israel no ano passado. 

No caso dos Emirados Árabes Unidos – que também normalizaram as relações com Israel e onde se espera uma visita histórica do primeiro-ministro Naftali Bennett nos próximos dias – também não enviaram uma candidata “devido a restrições de tempo” na seleção da sua Miss nacional.

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