Cimeira: Biden abre “novo capítulo” nas relações com Japão e Coreia do Sul

Camp David, a residência de campo do Presidente norte-americano em Maryland e que ocupa um lugar especial na tradição diplomática dos Estados Unidos, será o cenário do encontro dos três líderes, que têm em comum fatores de interesse como a China, a Coreia do Norte e a Rússia.

O executivo de Joe Biden tem procurado laços económicos e de defesa mais fortes com a Coreia do Sul e o Japão, em contrapeso às ambições territoriais e influências económicas assertivas da China, e enquanto procura garantir a cooperação de ambos os parceiros asiáticos no apoio à Ucrânia contra a invasão russa.

“Na cimeira, os líderes celebrarão um novo capítulo no seu relacionamento trilateral ao reafirmar os seus fortes laços de amizade e as alianças férreas entre os Estados Unidos e o Japão, e os Estados Unidos e a República da Coreia”, indicou a Casa Branca em comunicado.

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“Os três líderes discutirão a expansão da cooperação trilateral no Indo-Pacífico e mais além — inclusive para enfrentar a ameaça contínua representada pela Coreia do Norte e fortalecer os laços com a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e as ilhas do Pacífico”, acrescenta a nota.

De acordo com a Casa Branca, a cimeira promoverá uma “visão trilateral compartilhada para enfrentar os desafios de segurança global e regional, promovendo uma ordem internacional baseada em regras e reforçando a prosperidade económica”.

Para o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, esta será uma “uma discussão de proporções históricas em termos da importância desse relacionamento trilateral para a região indo-pacífica e, francamente, para o mundo.”

O encontro, que já vinha sendo planeado há algum tempo, ilustra os intensos esforços de Washington para estabelecer um diálogo tripartido com o Japão e a Coreia do Sul, dois aliados estratégicos dos norte-americanos na região.

Ao encorajar o longo e muito difícil diálogo entre os dois países asiáticos, caberá à Casa Branca formar uma frente comum contra a ameaça norte-coreana e contra a China.

A visita de Kishida e Yoon aos Estados Unidos realiza-se quando a Coreia do Norte parece ter intensificado os lançamentos de mísseis balísticos para o Mar do Japão, especialmente depois de manobras militares conjuntas norte-americanas, japonesas e sul-coreanas.

Além disso, no mês passado, a propósito do 70.º aniversário do fim da guerra da Coreia, o líder norte-coreano, Kim Jong Un, presidiu com o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, a um desfile militar em que exibiu a capacidade bélica, incluindo o nuclear, do Estado asiático.

A cimeira é ainda o sinal mais recente da aproximação de Tóquio e Seul. Ambos os Governos agiram para deixar de lado as tensões das últimas décadas, enquanto Washington procura aprofundar o seu compromisso na região do Indo-Pacífico.

Esta será a primeira visita de um líder estrangeiro a Camp David desde que Joe Biden assumiu o cargo presidencial e a primeira desde 2015, quando o ex-presidente Barack Obama estava no cargo, segundo a imprensa norte-americana.

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A reunião em Camp David coincide com a visita do ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, à Rússia.

Analistas chineses veem no encontro a formação de uma “NATO em miniatura” na região Ásia Pacifico, que tem a China como “verdadeiro alvo”.

Citado pela imprensa oficial, Li Haidong, professor na Universidade de Relações Externas da China, observou que a reunião trilateral “mostra como os EUA e os seus aliados fortalecem os laços através da criação de instabilidade, divisão e até crise”.

“Os países da região e o mundo inteiro devem estar vigilantes”, alertou.

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Para o especialista militar chinês Song Zhongping, a cimeira tem como “verdadeiro alvo” a China, apesar de ser apresentada como resposta à Coreia do Norte.

Em editorial, o Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, observou que a cimeira “espelha um sentimento de Guerra Fria” e lança a “sombra do confronto entre blocos” na região.

O jornal apontou que Washington quer emitir uma “declaração conjunta histórica”, que pode incluir planos para aumentar a dissuasão militar e a cooperação em segurança económica, visando “construir uma cadeia de abastecimento global”.

Tóquio suscitou protestos por parte de Pequim após ter implantado baterias de mísseis Patriot em ilhas próximas a Taiwan e ter anunciado que está a considerar a abertura de um escritório de ligação com a NATO.

Este fim de semana, a imprensa japonesa revelou ainda que Washington e Tóquio devem assinar um acordo para desenvolver em conjunto um míssil interceptor, como parte do esforço para conter ogivas hipersónicas desenvolvidas pela China, Rússia e Coreia do Norte.

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