Da formação do Mónaco até Economia em Harvard: a incrível história de Alessandro Arlotti

Noutro tempo, noutras décadas, a história era outra. Os jovens jogadores de futebol, quando decidiam dedicar-se por inteiro ao futebol ou quando percebiam que era complexo conciliar os treinos e os jogos com qualquer outra atividade, deixavam os estudos. O avançar dos tempos, assim como a aposta dos clubes portugueses na formação e nas condições das camadas jovens e a passagem do ensino obrigatório do 9.º para o 12.º ano, provocou uma lógica contrária. 

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Para jogarem, para serem convocados, para continuarem na equipa, os jogadores têm de permanecer na escola, têm de ir às aulas, têm de ter boas notas. E hoje, na generalidade dos clubes profissionais, dificilmente um jovem jogador não está a estudar ou não terminou recentemente o ensino secundário.

Alessandro Arlotti: Jogador da seleção italiana vai estudar em Harvard

O jovem jogador italiano, que é internacional Sub-17 e esteve no último Mundial do escalão, decidiu deixar o futebol para estudar em Harvard, uma das melhores universidades do mundo, nos Estados Unidos. O médio de 18 anos, que é formado no Mónaco e atualmente está ao serviço do Pescara, da Serie B italiana, explicou à RMC Sports que “não tinha como descartar a oportunidade, apresentando uma explicação muito sensata para a decisão que tomou. “É óbvio que o futebol sempre foi o meu sonho. E se eu tivesse a impressão de que no meu futuro iria ter uma carreira de mais destaque, talvez pensasse de forma diferente. No fim, acho que fiz a escolha mais correta”, atirou Arlotti, que ganhou uma bolsa de estudos e vai mudar-se para o Estado do Massachusetts já no próximo mês de agosto, no final da temporada que está agora a decorrer.

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A história de Alessandro Arlotti acaba por recordar uma outra — que terminou com uma decisão no sentido oposto. Patrick Bamford, avançado inglês que está nesta altura ao serviço do Leeds, também entrou em Harvard no final da adolescência. Com um percurso brilhante no ensino secundário, fluente em três línguas e com talento para o piano, a guitarra, o saxofone e o violino, abdicou da oportunidade para não perder o lugar que tinha na formação do Chelsea. De lá para cá, passou por variados empréstimos até aterrar de forma definitiva no Leeds, em 2018, e fez parte da equipa de Marcelo Bielsa que levou o histórico clube de volta à Premier League.

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