Desporto/futebol: O Sevilha deu seguimento à sua relação especial com a UEFA Europa League ao bater a Roma

O Sevilha deu seguimento à sua relação especial com a UEFA Europa League ao bater a Roma por 4-1 no desempate por penáltis, após um empate 1-1 com a Roma ao fim de 120 minutos na final de 2023, em Budapeste.

José Mourinho apostou numa surpresa, ao lançar Paulo Dybala no onze inicial apesar de o avançado argentino estar de fora há vários jogos, devido a uma lesão num tornozelo. E a aposta depressa se mostrou acertada, com Dybala na origem do primeiro lance de perigo do jogo: desmarcou Zeki Çelik, que passou rasteiro e recuado para um remate de Leonardo Spinazzola em posição central que Yassine Bounou defendeu com alguma dificuldade.

Foi um aviso para o que viria a acontecer, com a Roma a marcar mesmo aos 35 minutos, e por intermédio do inevitável Dybala. Desmarcado por um passe fantástico de Gianluca Mancini a rasgar a defesa contrária, o argentino isolou-se e finalizou com classe, com o pé esquerdo.

Em desvantagem, o Sevilha – que nas três anteriores finais da Europa League que conquistadas também tinha estado a perder – despertou com o aproximar do intervalo e por duas vezes ameaçou o empate ainda na primeira parte. Primeiro, Youssef En-Nesyri cabeceou com perigo. Depois, de longe, com um remate rasteiro, Ivan Rakitić acertou na base do poste da baliza à guarda de Rui Patrício.

José Luis Mendilibar, treinador do Sevilha, mexeu ao intervalo, lançando em campo Suso e Erik Lamela, de forma a dar mais criatividade à sua equipa perante uma Roma que não tinha sofrido golos em cinco dos seus últimos sete jogos na Europa League. E o Sevilha quebrou mesmo a resistência do adversário, depois de um cruzamento do veterano Jesús Navas ser desviado de forma infeliz por Mancini para dentro da sua própria baliza, traindo Rui Patrício.

Foi, então, a vez de a Roma responder, e por duas vezes esteve muito perto de se recolocar na frente do marcador. Primeiro num lance confuso na grande área do Sevilha em que Tammy Abraham e Roger Ibanez não conseguiram tocar a bola para o fundo das redes e, depois, num desvio de Andrea Belotti que levou a bola a sair ligeiramente ao lado.

Em cima do minuto 90 foi o Sevilha a criar perigo, valendo à Roma uma boa defesa de Patrício, e a decisão seguiu para prolongamento. Aí, as oportunidades de golo escassearam até praticamente ao derradeiro lance do tempo de compensação da segunda parte, quando Smalling, com um cabeceamento bombeado, levou a bola a bater na trave da baliza do Sevilha.

Bounou, que já no último Mundial tinha mostrado ser especialista a defender penáltis, voltou então a mostrar o que vale no desempate por pontapés da marca de grande penalidade, defendendo com os pés o penálti de Mancini e tocando o suficiente no remate de Ibañez para o desviar para o poste. Coube, depois, a Montiel, que no Mundial havia assinado o penálti da vitória da Argentina na final, voltar a marcar o penálti decisivo, oferecendo ao Sevilha a sua sétima conquista da prova, alargando o seu recorde na competição.

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