Tottenham vence o Manchester United na final da Liga Europa e põe fim a 17 anos de jejum

Com uma vitória por 1-0 sobre o Manchester United, na quarta-feira, 21 de maio, em Bilbao (Espanha), o Tottenham conquistou a Liga Europa, quebrando um jejum de 17 anos sem títulos. O clube londrino, atualmente na 17.ª posição da Premier League, conseguiu salvar uma temporada desastrosa ao bater pela quarta vez, nesta época, os Red Devils, que também enfrentam uma grave crise interna.

Apesar da má fase, o Tottenham conseguiu destacar-se num jogo tenso. Brennan Johnson, autor do único golo da partida, resumiu o sentimento da equipa: “Este clube não ganhava nada há 17 anos, isto significa muito! Desde que cheguei, ouvia-se sempre: ‘O Tottenham joga bem, mas nunca consegue finalizar’… Agora conseguimos!”

O treinador Ange Postecoglou, sob pressão antes da final e com o seu futuro incerto, cumpriu a promessa de conquistar algo na sua segunda temporada à frente de uma equipa. Apesar das dúvidas quanto à sua continuidade, ficará para sempre como o herói que devolveu o Tottenham à Liga dos Campeões, graças a esta vitória.

Manchester afunda-se ainda mais

No lado de Manchester, a crise é profunda. O clube termina a época sem qualquer título, e pela primeira vez desde 2014, ficará fora de todas as competições europeias. O defesa Luke Shaw não escondeu a frustração: “Esta época é inaceitável. Temos de nos perguntar se somos bons o suficiente para estar aqui.” O treinador Rúben Amorim admitiu que está disposto a sair, caso o clube assim o deseje.

Jogo sem brilho, mas com momentos decisivos

A final, disputada no Estádio San Mamés, não foi marcada por futebol de alto nível. Ambas as equipas mostraram mais receio do que ambição. O jogador mais perigoso do lado do United foi o marfinense Amad Diallo, que por duas vezes criou perigo, mas sem sucesso.

O Tottenham, desfalcado de vários titulares, incluindo Heung-Min Son, optou por procurar constantemente Dominic Solanke em lances de desvio. No entanto, foi na primeira oportunidade clara que chegou o golo: aos 42 minutos, Brennan Johnson desviou com garra um cruzamento de Pape Matar Sarr, com uma ajuda involuntária do braço de Luke Shaw.

Uma defesa heróica que valeu o título

Na segunda parte, os Spurs resistiram aos ataques do United. O holandês Micky van de Ven protagonizou um corte salvador frente a Rasmus Højlund, e o guarda-redes Guglielmo Vicario brilhou com defesas cruciais frente a Alejandro Garnacho e novamente Shaw nos descontos.

Com esta vitória, o Tottenham conquista o seu quarto troféu europeu, depois da Taça das Taças (1962) e das duas Taças UEFA (1972, 1984). Mesmo à beira da zona de descida no campeonato, os Spurs escrevem uma página de ouro da sua história.