A guerra na Ucrânia já dura mais de três anos e, apesar disso, os símbolos russos continuam proibidos nos circuitos ATP e WTA, uma decisão que gerou debate entre atletas e ex-atletas.
Na última sexta-feira, após a final do Masters 1000 de Toronto, em que o russo Karen Khachanov foi derrotado pelo americano Ben Shelton, o ex-tenista norte-americano John Isner manifestou-se publicamente contra a proibição da bandeira russa nos eventos de ténis.
Isner, que se aposentou em 2023 e foi uma das figuras marcantes do ténis na década passada, declarou em sua conta no X (antigo Twitter):
“Será que os jogadores de ténis russos poderão um dia recuperar sua bandeira? Está ficando um pouco ridículo.”
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Comprar um espaço para minha empresa.O post, visto por cerca de 1,5 milhão de pessoas, provocou ampla repercussão. Isner argumenta que é “absurdo” punir atletas que não têm responsabilidade direta pelas decisões políticas de Vladimir Putin.
No entanto, muitas federações internacionais continuam a exigir que os atletas russos e bielorrussos compitam sob uma bandeira neutra, simbolizando uma posição contra a invasão.
A reação mais contundente veio do ex-31º do ranking mundial ucraniano Sergiy Stakhovsky, que tem combatido na linha de frente da guerra.
Stakhovsky respondeu diretamente a Isner pelo Instagram, dizendo:
“Caro John Isner, gostaria de te convidar para vir à Ucrânia. Depois de passar uma semana aqui, poderás dizer por ti mesmo se achas que os atletas merecem recuperar a bandeira ou não. Nenhum dos jogadores que defendes expressou arrependimento ou condenou a invasão da Ucrânia.”
Em outra publicação, Stakhovsky compartilhou imagens dos recentes bombardeios russos em Kiev, acrescentando de forma sarcástica:
“John Isner, talvez isto refresque tua memória. Isso aconteceu na semana passada.”
Este episódio destaca o impacto da guerra no desporto e como questões simbólicas continuam a gerar divisões, mesmo entre antigos companheiros do circuito profissional.