A estudante moçambicana foi recomendada a observar um período de quarentena de 14 dias depois de passar por uma observação médica no Aeroporto de Wuhan e ter-se constatado que estava com febre, que é um dos sintomas do coronavírus.
Segundo informação avançada pela Embaixada de Moçambique na China, citada pelo Jornal Notícias, a estudante, cujo nome foi omitido por questões de privacidade, esteve a passar férias em Shanghai, desde o dia 17 de Janeiro e pretendia regressar à Wuhan no dia 27, o que não foi possível, uma vez que a cidade decretou quarentena, estando proibida a entrada e saída de pessoas não ligadas às operações de emergência.
Deste modo, a paciente deverá ficar sob observação médica antes de qualquer viagem, incluindo para Moçambique.
A Embaixada moçambicana continua a apelar aos estudantes e a todos os seus funcionários a observarem rigorosamente as medidas de prevenção e controlo para evitar contaminação pelo vírus e que em caso de algum sintoma eles devem se dirigir à unidade sanitária mais próxima para diagnóstico e possível tratamento médico.
Refere também que tem registado, das cidades de Beijing e Tianjin, pedidos de estudantes moçambicanos, incluindo de alguns pais e encarregados de educação, para regressarem ao país.
No geral, anota que a situação continua preocupante, tendo sido registados mais de seis mil casos de contaminação e 132 óbitos, com maior incidência na cidade epicentro do coronavíus, Wuhan, na província de Hubei.
Segundo dados disponibilizados ontem, o número de infecções confirmadas com o novo coronavírus (2019-nCov) já ultrapassou os valores da epidemia do vírus SARS (também um coronavírus) que, entre 2002 e 2003, infectou 5 237 pessoas em território continental chinês.