O primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, disse que não pode haver dúvidas em relação às atribuições dos representantes do Estado no Niassa. Falando naquela província, o governante desafiou os representantes dos órgãos centrais do Estado a serem mais “activos e focados nos resultados” durante o trabalho que lhes compete realizar.
Carlos Agostinho do Rosário orientou uma sessão extraordinária do Conselho dos Serviços Provinciais de Representação de Estado, no sábado, no Niassa. No encontro, disse que os representantes do Estado devem se focar no trabalho e não na discussão sobre as atribuições dos órgãos criados no âmbito da governação descentralizada.
“Questões de relacionamento e de não clareza de quem faz o quê só nos distraem do nosso foco”, declarou o primeiro-ministro, esclarecendo que estava no Niassa para, entre outras actividades, compreender se o problema a que se referiu existe ou não e como ajudar ultrapassá-lo.
Carlos Agostinho do Rosário explicou que os representantes do Estado no Niassa não podem esperar por uma lei específica que clarifique os limites das suas competências, pois eles próprios estão claros disso. Os dirigentes devem entender que são representantes dos órgãos centrais e agir nesse sentido. “Nós queremos uma representação do Estado muito activa e orientado para resultado”, até porque “há muita expectativa” em relação à província.
O governante, que visita a província do Niassa de 05 a 08 de Dezembro em curso, acompanhou ainda os trabalhos de colocação de pavê no troço mercado Central/Hotel Chiwinde, na cidade de Lichinga, e o Centro de Acomodação Transitório de Malica.
Ainda no Niassa, Carlos Agostinho do Rosário visitou os deslocados pelo terrorismo em Cabo Delgado. No diálogo com as vítimas, o primeiro-ministro condenou o terror e apelou para que ninguém, sobretudo os jovens, caia na tentação de ser aliciado pelo grupo que promove a violência armada naquela província, desde Outubro de 2017.
Segundo Do Rosário, as comunidades no Niassa devem estar vigilantes no sentido de não permitir a repetição, naquela província, o que acontece em Cabo Delgado. Salientou ainda que o Governo tem apoio multiforme para a população deslocada.
Contudo, é preciso que cada família crie condições de produzir a própria comida. Para o efeito, de acordo com o primeiro-ministro, serão distribuídos terrenos, bem como para construção de habitações.