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Internacional/América do Norte: Congresso dos EUA divulga milhares de documentos sobre Jeffrey Epstein, mas falta de novas revelações levanta dúvidas

Comissão de Supervisão da Câmara publica mais de 33 mil páginas relacionadas ao caso, incluindo vídeos, registos de voo e comunicações, mas parlamentares admitem ausência de informações inéditas

A Comissão de Supervisão da Câmara dos Representantes dos EUA divulgou 33.295 páginas de documentos ligados à investigação federal sobre o falecido agressor sexual Jeffrey Epstein. O material inclui registos de voo, vídeos de vigilância prisional, processos judiciais, gravações de áudio e e-mails.

No entanto, tanto Republicanos como Democratas reconheceram que os ficheiros não trazem informações novas relevantes, levantando dúvidas sobre se o Departamento de Justiça poderá estar a reter outros registos relacionados com Epstein.

A divulgação ocorre num momento de crescente pressão, inclusive entre apoiantes do ex-presidente Donald Trump, para maior transparência no inquérito ao influente financeiro, especialmente após o Departamento de Justiça ter declarado em julho que não existia qualquer « lista incriminatória de clientes ».

O presidente da Comissão de Supervisão, James Comer, republicano do Kentucky, ordenou a publicação dos documentos online na terça-feira, depois de intimar o Departamento de Justiça no mês passado. Ainda assim, admitiu: « Até onde consigo ver, não há nada de novo nestes documentos », disse à NBC News.

Vídeos e o “minuto em falta”

Entre os materiais divulgados está um vídeo de 13 horas e 41 segundos do exterior da cela de Epstein em Nova Iorque, registando a noite de 9 para 10 de agosto de 2019, quando ocorreu a sua morte. O vídeo disponibilizado agora é duas horas mais longo do que aquele publicado anteriormente pelo Departamento de Justiça.

Contudo, o novo material não inclui o chamado “minuto em falta”, um salto no código temporal entre as 23h00 e a meia-noite. A ex-procuradora Pam Bondi havia justificado o fenómeno como um simples reinício automático do sistema de câmaras, mas a lacuna alimentou teorias da conspiração sobre o alegado suicídio de Epstein.

Registos anteriores e alegações de vítimas

Os documentos incluem ainda vídeos de 2006, nos quais supostas vítimas relatam abusos sexuais cometidos por Epstein enquanto eram contratadas para massagens. Os rostos e nomes foram ocultados.

Outros registos mostram buscas policiais em Palm Beach, Flórida, em propriedades pertencentes a Epstein. Parte do material remonta a há 20 anos, quando teve início a investigação criminal conduzida pela polícia local.

A congressista democrata Summer Lee destacou que a única nova revelação significativa foram registos de voo da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, documentando deslocações de Epstein para a sua ilha privada nas Ilhas Virgens Americanas.

Já o democrata Robert Garcia, membro sénior da comissão, foi categórico: “Não deixem que isto vos engane. 97% dos documentos já eram públicos. Não há qualquer menção de lista de clientes ou avanços na transparência e justiça para as vítimas”.

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Reações políticas e encontro com vítimas

Na terça-feira, o presidente da Câmara, Mike Johnson, republicano e aliado de Trump, reuniu-se com seis vítimas de Epstein à porta fechada, juntamente com membros da comissão. Após o encontro, afirmou que “houve lágrimas na sala” ao ouvirem os testemunhos. A congressista Nancy Mace saiu visivelmente emocionada, enquanto a democrata Melanie Stansbury classificou o caso como um “encobrimento de proporções épicas”.

No mesmo dia, o congressista republicano Thomas Massie avançou com uma iniciativa bipartidária para obrigar o Departamento de Justiça a publicar todos os ficheiros de Epstein no prazo de 30 dias.

O povo quer estes documentos divulgados. Não é o maior problema do país, claro que impostos, empregos e economia são questões prioritárias, mas não se pode resolver nada disso se este lugar for corrupto”, declarou.

Está prevista para quarta-feira uma conferência de imprensa no Capitólio, com a participação de legisladores e vítimas de Epstein.

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