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Internacional/Europa: Trump e Putin, será que esta relação pode desencadear uma guerra global?

Um exame crítico das declarações e ações de Donald Trump sobre a guerra na Ucrânia e da sua relação com Vladimir Putin – e os riscos da escalada de tensão.

O Presidente norte-americano Donald Trump afirmou, durante a sua campanha em 2023, que seria capaz de pôr fim à guerra entre Rússia e Ucrânia em apenas 24 horas, se fosse presidente novamente. Ele declarou: “Eles estão morrendo — russos e ucranianos. Quero que parem de morrer. E farei isso em 24 horas.” Mais tarde, tratou essa afirmação como uma exagero retórico, justificando que foi feito “para ilustrar um ponto”.

Trump relembrou ainda que manteve uma relação “excelente” com o presidente russo Vladimir Putin durante o seu primeiro mandato, com Putin a descrever essa convivência como “pragmática e baseada na confiança”. Em particular, elogiou-o por ter reagido com coragem durante uma tentativa de assassinato num comício na Pensilvânia — “comportou-se como um verdadeiro homem”, segundo Putin.

Agora, durante sua presidência — aproximadamente seis meses após o início do mandato — Trump insiste que a declaração de 24 horas foi uma figura de linguagem, apesar de ter reiterado o desejo de acabar com o conflito rapidamente.

A evolução da relação Trump–Putin no contexto ucraniano

Durante os primeiros dias de janeiro, Trump disse compreender o receio de Putin quanto à integração da Ucrânia na NATO, sugerindo empatia com a posição russa. Logo após sua investidura, mencionou a intenção de se encontrar com Putin o mais brevemente possível:

“Cada dia que passamos sem conversar, soldados morrem no campo de batalha.”

Em fevereiro, depois da primeira conversa oficial entre Trump e o presidente ucraniano Zelenskyy, Trump disse esperar pelo menos três reuniões presenciais com Putin, destacando:

“Queremos acabar com essa guerra — é um desastre.”

Nas semanas que se seguiram, no entanto, o tom mudou. Durante um encontro tenso com Zelenskyy na Casa Branca, Trump ameaçou suspender a ajuda militar dos EUA à Ucrânia, sugerindo uma confrontação direta caso as negociações falhassem.

Altos e baixos: da trégua à escalada militar

Após cortar momentaneamente o apoio de inteligência aos ucranianos, e com ataques russos intensificando-se — incluindo o uso de centenas de drones e mísseis contra Kiev e outras cidades — Trump retomou o diálogo e participou na negociação de uma trégua de 30 dias negociada na Arábia Saudita.

Mesmo após o cessar-fogo, os combates continuaram em larga escala. Em MP publicadas, Trump criticou os ataques russos em Kiev e exigiu o fim imediato da guerra, enquanto ameaçava implementar sanções severas à Rússia caso não houvesse progresso no processo de paz.

Uma relação ambígua sob risco de escalar para um conflito global

A relação Trump–Putin é marcada por altos e baixos: empatia, promessas de paz e diálogo coexistem com ameaças, retórica agressiva e confrontações diplomáticas. A evolução dessa aliança levanta questões críticas:

  • Uma relação tão próxima com Putin ajuda mesmo a encerrar a guerra — ou compromete a segurança internacional?

  • A retórica de prazos e ultimatums serve para pressionar ou exagera a esperança de paz?

  • O risco de intensificação militar global aumenta diante da imprevisibilidade política e a instabilidade gerada por discursos e políticas contraditórias?

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