Eleições/Portugal: após a renúncia do Primeiro Ministro, as eleições legislativas antecipadas foram anunciadas para 10 de março

Portuguese Prime Minister Antonio Costa and Colombian President Gustavo Petro (not pictured) attend a press conference after their meeting at the official residence in Sao Bento in Lisbon, Portugal, 6th may 2023. Petro is in Portugal for a two-day business trip days, the first since he is Colombian President. FILIPE AMORIM/LUSA

Após proclamar a dissolução do Parlamento, o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou na noite de quinta-feira, 9 de novembro, que as eleições legislativas antecipadas serão realizadas no início de 2024.

O Portugal não quer perder tempo. Após a renúncia do primeiro-ministro, António Costa, em meio a um escândalo de corrupção, o presidente conservador português, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou na noite de quinta-feira, 9 de novembro, a convocação de eleições legislativas antecipadas para 10 de março de 2024. Esta decisão foi tomada após a dissolução do Parlamento português. O presidente conservador declarou em um discurso televisivo: “Optei pela dissolução da Assembleia da República e pela convocação de eleições em 10 de março.”

A demissão do primeiro-ministro será oficializada em dezembro e o orçamento do Estado para 2014 será previamente aprovado. O presidente agradeceu a António Costa por seus oito anos de governo e pelos desafios políticos e sociais que enfrentou durante esse período. O presidente português também observou que, pela primeira vez na democracia, um primeiro-ministro enfrentará um processo autônomo da Suprema Corte. Ele rejeitou a proposta dos socialistas de nomear um novo primeiro-ministro para liderar com o apoio da maioria no Parlamento, argumentando que isso não seria ideal, pois o primeiro-ministro não seria legitimado pelo voto popular.

O escândalo de corrupção ativa e passiva tem abalado o poder político português desde o início da semana passada. Na terça-feira, a polícia portuguesa anunciou a prisão de Vitor Escaria, chefe de gabinete de António Costa, e realizou buscas em vários ministérios e na residência oficial do Primeiro Ministro. As buscas e a prisão ocorreram no âmbito de uma ampla investigação sobre corrupção, de acordo com o gabinete do procurador.

O caso que envolve o ex-Primeiro Ministro português está relacionado a suspeitas de “malversação, corrupção ativa e passiva de titulares de funções políticas e tráfico de influências” no contexto da atribuição de licenças para exploração de lítio e produção de hidrogênio. O Gabinete do Procurador-Geral (PGR) confirmou na terça-feira que a investigação surgiu após “a menção, pelos suspeitos, do nome e da autoridade do Primeiro Ministro e da sua intervenção para desbloquear os procedimentos”.

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