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Internacional/Médio-Oriente: Israel mobiliza milhares de reservistas e intensifica ofensiva para conquistar a Cidade de Gaza

Enquanto forças terrestres avançam para os arredores, ataques aéreos e de artilharia israelitas já causaram dezenas de mortos; ONU alerta para impacto “catastrófico” em toda a Faixa de Gaza

Milhares de reservistas israelitas começaram a apresentar-se ao serviço, no momento em que as Forças de Defesa de Israel (FDI) intensificam a ofensiva para conquistar a Cidade de Gaza, considerada um bastião do Hamas.

As tropas terrestres já se encontram nos arredores da maior área urbana do enclave, enquanto bombardeamentos aéreos e de artilharia atingem intensamente a cidade. Hospitais locais relatam que mais de 50 palestinianos foram mortos desde a meia-noite.

A população foi ordenada a evacuar em direção ao sul. Segundo a ONU, cerca de 20 mil pessoas já o fizeram nas últimas duas semanas, mas quase um milhão permanece. Autoridades humanitárias alertam que um assalto em grande escala teria efeitos “além de catastróficos”, afetando não apenas a cidade, mas toda a Faixa de Gaza.

Mobilização e nova fase da operação

No mês passado, as FDI anunciaram a convocação de 60 mil reservistas no âmbito da “Operação Carros de Gideão II”, a segunda fase da ofensiva terrestre iniciada em maio, que já resultou no controlo de pelo menos 75% da Faixa de Gaza. Outros 20 mil reservistas viram o seu serviço prolongado.

Na terça-feira, fontes militares confirmaram que milhares já se apresentaram, embora algumas unidades de combate registem menor adesão, com reservistas a pedir isenção devido a motivos pessoais ou financeiros.

Grande parte destes reservistas será enviada para a Cisjordânia ocupada e para o norte de Israel, de forma a libertar militares ativos para a frente de combate em Gaza.

Netanyahu e os reféns

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reiterou que Israel irá conquistar toda a Faixa de Gaza, após o colapso das negociações indiretas com o Hamas para um cessar-fogo e a libertação de reféns.

No domingo, o gabinete de segurança reafirmou como objetivos das FDI “derrotar o Hamas e libertar todos os nossos reféns”. O grupo armado mantém atualmente 48 reféns, dos quais 20 estarão vivos.

As famílias temem que a nova ofensiva ponha os cativos em perigo e exigem ao governo um acordo imediato. “Parem a guerra e tragam todos os reféns para casa, vivos ou mortos”, declarou a filha de Ilan Weiss, cujo corpo foi recuperado em Gaza na semana passada.

O chefe do Estado-Maior, general Eyal Zamir, alertou que o plano para Gaza colocará os reféns em risco e poderá levar à criação de um governo militar israelita na cidade. Apesar disso, assegurou aos reservistas que o exército está a preparar-se para uma “vitória decisiva”.

Vítimas e crise humanitária em Gaza

Segundo autoridades hospitalares, pelo menos 95 palestinianos foram mortos desde a meia-noite de terça-feira em ataques israelitas. O hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza, recebeu 35 corpos, incluindo nove mortos em Tal al-Hawa e sete em Sheikh Radwan.

Na cidade de Khan Younis, o hospital Nasser registou 31 vítimas, das quais 13 em dois ataques aéreos. Médicos afirmam estar a trabalhar sob condições extremas, com falta de equipamentos e sobrecarga de pacientes, sobretudo crianças e idosos. “A situação é catastrófica”, declarou um clínico.

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A ONU denuncia que deslocar centenas de milhares de civis mais para o sul seria “uma receita para o desastre”, podendo configurar transferência forçada, considerada um crime de guerra.

Especialistas internacionais confirmam que a fome já se instalou na Cidade de Gaza e deverá alastrar a Deir al-Balah e Khan Younis até ao final de setembro. Hospitais no sul operam várias vezes acima da sua capacidade, enquanto campos de deslocados estão sobrelotados e inseguros.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, relatou que 13 palestinianos, incluindo três crianças, morreram de desnutrição nas últimas 24 horas, elevando o total para 361 desde o início da guerra.

Israel nega restringir a entrada de ajuda humanitária e contesta os números apresentados pelo Hamas.

A guerra começou após o ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou em 1.200 mortos em Israel e 251 reféns. Desde então, mais de 63.600 palestinianos foram mortos, segundo as autoridades de saúde em Gaza.

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