Na última sexta-feira (31), foi avançada pelo jornal português Expresso, a notícia que dá conta de que os advogados da Isabel dos Santos iniciaram conversações com a Procuradoria-Geral da República de Angola (PGR), com o intuito de chegar a um acordo para que a empresária pague o montante em dívida, tendo como contrapartida a suspensão do arresto dos seus bens em Angola.
“Até pode ser que nem venha a haver acção principal, pois, se ela confessar a dívida, apurar os valores e pagar, o arresto cai e não haverá lugar a crime”, sustentou um renomado jurista do MPLA, que pediu para não ser identificado.
Entretanto, a PGR disse em comunicado enviado às redacções que « não há qualquer negociação em curso com a cidadã Isabel dos Santos ou seus representantes, referente aos processos (criminais ou cívis) que contra ela decorrem ».
A negociação de Isabel dos Santos com a justiça angolana prende-se ao arresto dos bens dela, do marido e do antigo presidente do Banco Fomento de Angola (BPA), no valor de 1,13 milhões de dólares, decretado a 30 de Janeiro de 2019.
No mesmo a PGR refere que em relação ao processo em curso, « não há qualquer posicionamento, manifestação ou acto da Procuradoria-Geral da República a respeito de qualquer iniciativa de negociação com a cidadã Isabel dos Santos. »
Noutra alínea do comunicado, lê-se que a « Procuradoria-Geral da República, enquanto autoridade responsável pela Instrução Preparatória dos processos-crime e fiscal da legalidade, continua a exercer o seu papel nos processos em curso contra a cidadã ».
Fonte: Voa