A empresa mineira australiana Syrah Resources anunciou hoje o reinício de atividade da mina de grafite de Balama, no norte de Moçambique.
« A produção foi temporariamente suspensa em março de 2020 devido aos impactos da covid-19 » com restrições de viagens, limitando a mobilidade dos trabalhadores e também devido à queda na procura.
A Syrah referiu hoje que, apesar de ainda haver restrições à mobilidade, estas já permitem a reabertura da mina e que « as condições de mercado são favoráveis ao reinício da produção ».
« A Syrah irá progredir no recrutamento de mão de obra necessária para reiniciar as operações em Balama, com a primeira produção prevista para daqui a dois a três meses », sublinhou.
A grafite é usada em baterias para automóveis e o impacto da pandemia « prejudicou as vendas de veículos elétricos », lê-se no mesmo comunicado.
Em julho de 2020, a Syrah anunciou uma reestruturação laboral em Balama e « outras ações para preservar a liquidez durante o período de suspensão, mantendo capacidade operacional e de comercialização para reiniciar a produção ».
A mina de Balama iniciou a produção comercial há quatro anos empregando cerca de 650 trabalhadores, quase na totalidade moçambicanos.
A China é o seu grande mercado e no final de 2019 a grafite passou também a abastecer uma fábrica da empresa nos EUA.