Passada uma semana do fim da participação de Moçambique no Afrobasket 2025, realizado em Abidjan, é tempo de balanço — e o sentimento que prevalece não é de frustração, mas sim de orgulho e reconhecimento. As “Guerreiras do Índico” voltaram a mostrar ao continente e ao país que o basquetebol feminino moçambicano está em plena ascensão e tem um futuro promissor.
Ao longo da competição, a seleção nacional evidenciou uma notável evolução tática, técnica e mental, com atuações sólidas e combativas frente a adversários de alto nível. O espírito de equipa, a resiliência e a entrega total em campo foram marcas constantes de um grupo que representa muito mais do que apenas resultados desportivos: representa a esperança, a força da juventude e a ambição de um desporto em transformação.
Com um coletivo jovem, em renovação, mas já maduro na atitude e no compromisso, Moçambique deu sinais claros de que está a construir uma equipa sólida e competitiva. A capacidade de adaptação, o foco nos momentos decisivos e a postura profissional foram reconhecidos por adversários, observadores e adeptos — dentro e fora de portas.
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Comprar um espaço para minha empresa.Para além das performances individuais de jogadoras como Ingvild Mucauro, Tamara Seda e Olga Novela, o torneio serviu para lançar novos talentos que mostraram estar à altura do desafio continental, deixando boas indicações para as próximas campanhas.
O treinador Nasir Salé, figura central na construção deste coletivo, reafirma a importância do trabalho a longo prazo:
« Não se constrói uma equipa vencedora num torneio. Mas estamos a construir uma geração. E esta geração já começou a dar frutos. »
A participação das Guerreiras no Afrobasket 2025 é mais do que um registo estatístico: é uma afirmação do valor das mulheres no desporto nacional, um testemunho da capacidade de superação e uma fonte de inspiração para milhares de jovens moçambicanas que sonham vestir a camisola nacional.
Agora, com os olhos postos nos próximos desafios — torneios regionais, qualificação para o Mundial e, a longo prazo, os Jogos Olímpicos —, a expectativa é clara: este grupo não atingiu o seu auge. O melhor ainda está por vir.
Moçambique tem motivos de sobra para acreditar. E as Guerreiras do Índico já provaram que, com trabalho, visão e união, o basquetebol feminino nacional pode chegar mais alto.