O secretário permanente do Ministério da Economia e Finanças, Jorge Jairoce, denunciou esta quinta-feira, 24 de Julho, em Maputo, a existência de “vários tipos de esquemas” ilegais no processo de importação e exportação de bens no país. A revelação foi feita à margem da apresentação do Plano Nacional de Formalização do Sector Informal, onde o dirigente sublinhou que o Governo está vigilante e que haverá responsabilização para os infractores.
“Estamos muito bem atentos a todo o processo de importação e exportação de bens, no sentido de controlar, por exemplo, a qualidade dos bens que entram dos países estrangeiros”, afirmou Jairoce.
De acordo com o responsável, estas práticas comprometem o controlo económico e sanitário no país e serão alvo de medidas firmes. “Haverá sempre uma responsabilização para os envolvidos”, garantiu.
Mais produção nacional para enfrentar crise cambial
No mesmo evento, Jorge Jairoce exortou as empresas moçambicanas a aumentarem os seus níveis de produção e exportação, sublinhando a ligação entre a escassez de divisas e a baixa produtividade interna.
“Temos de garantir que as empresas, primeiro, se formalizem e que possam produzir o suficiente para exportar os seus produtos para o mercado externo e, aí, angariar mais divisas”, afirmou.
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Comprar um espaço para minha empresa.Segundo Jairoce, “o melhor caminho” para assegurar a disponibilidade de moeda estrangeira é colocar o foco na capacidade produtiva nacional e reduzir a dependência externa.
Escassez de divisas sob escrutínio nacional
A questão cambial tem sido motivo de crescente preocupação em Moçambique. Em Fevereiro deste ano, a CTA (Confederação das Associações Económicas) denunciou que a falta de divisas na banca estava a afetar setores cruciais como a saúde, aviação, combustíveis e a importação de bens alimentares.
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Anuncie aqui: clique já!Mais recentemente, no dia 15 de Julho, o Presidente da República, Daniel Chapo, acusou os bancos comerciais de criar artificialmente a escassez de divisas, transformando a situação numa “oportunidade de negócio”.
“Não há uma verdadeira escassez de divisas, é uma escassez criada”, afirmou o chefe de Estado, criticando a atuação do setor bancário.