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Moçambique/Sociedade: Nampula sob ataque, 370 casas destruídas por insurgentes em recentes ataques terroristas

O governador de Nampula, Eduardo Abdula, confirma pelo menos uma morte e vários feridos entre os insurgentes, enquanto autoridades locais e forças de defesa trabalham para apoiar os deslocados e reforçar a segurança na província do norte de Moçambique.

As autoridades moçambicanas contabilizaram 370 casas destruídas nos recentes ataques terroristas em Nampula, ocorridos no início deste mês. Pelo menos uma pessoa morreu, enquanto vários insurgentes ficaram feridos, informou hoje o governador de Nampula, Eduardo Abdula.

“Queimaram cerca de 370 casas, aproximadamente 370. Esse é o número que registei. Hoje estamos a carregar bens e a remover pertences. Vou ver se conseguimos, hoje, reunir pelo menos um camião para as pessoas deslocadas em Chipene e Lúrio”, declarou o governador, após uma visita de vários dias às aldeias atacadas no distrito de Memba, norte de Moçambique.

Inicialmente, as autoridades locais estimavam que 45 casas haviam sido destruídas nos ataques de 1 de outubro em Memba, número que depois subiu para 51, com a confirmação do assassinato de uma jovem, cuja garganta foi cortada pelos rebeldes.

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O governador Eduardo Abdula destacou que a resposta rápida das Forças de Defesa e Segurança (FDS) conseguiu repelir o ataque, causando muitos ferimentos entre os insurgentes, que regressaram posteriormente às suas áreas de origem em Cabo Delgado.

“A segurança não está mal, mas também não está boa. Devemos estar sempre em alerta. É importante, peço novamente, como pedi em Memba, que as comunidades permaneçam vigilantes e denunciem qualquer atividade suspeita”, sublinhou Abdula.

O governador reconheceu ainda a necessidade de investir em equipamentos para as FDS, especialmente em Memba, distrito vizinho da província de Cabo Delgado, que tem sido palco das operações terroristas nos últimos oito anos.

“Vou enviar um veículo policial nos próximos dias. Atualmente o distrito não dispõe de tal veículo, por isso enviarei um novo veículo da minha escolta pessoal, que vai reforçar a esquadra da polícia do distrito, permitindo maior mobilidade aos nossos colegas”, concluiu Eduardo Abdula.

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), quase 93.000 pessoas fugiram de Cabo Delgado e Nampula desde o final de setembro devido à ressurgência de ataques terroristas, duplicando o número de deslocados em poucos dias.

No dia 6 de outubro, o Presidente Daniel Chapo qualificou os ataques em Cabo Delgado como “atos bárbaros”, atentatórios à dignidade humana.

A província do norte de Moçambique, rica em gás, tem sido alvo de ataques terroristas há oito anos, com o primeiro registado em 5 de outubro de 2017, no distrito de Mocímboa da Praia.

De acordo com a Armed Conflict Location and Event Data (ACLED), os ataques em Cabo Delgado resultaram em 6.257 mortes nos últimos oito anos, alertando para a persistente instabilidade e para a ressurgência da violência na região.

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