Morreu Presidente do Burundi

O Presidente cessante do Burundi, Pierre Nkurunziza, morreu esta segund-feira de um ataque cardíaco fulminante, aos 55 anos de idade. A notícia foi avançada pelo Governo do país

“O governo da República do Burundi anuncia com grande tristeza a inesperada morte de Sua Excelência Pierre Nkurunziza, presidente da República do Burundi (…) devido a um ataque no coração em 8 de junho de 2020”, refere o DN.

De acordo com a Lusa, Pierre Nkurunziza encontrava-se em estado crítico na segunda-feira.

Outras publicações no sítio da internet citam que um comunicado da presidência do Burundi explicando que Nkurunziza foi hospitalizado no último fim-de-semana e sua saúde “mudou repentinamente” na segunda-feira, quando seu coração deixou de bater.

“É com profunda tristeza que o Governo da República do Burundi anuncia a morte inesperada de Sua Excelência Pierre Nkurunziza, Presidente da República do Burundi, na sequência de um ataque cardíaco a 8 de junho de 2020″, foi anunciado na conta oficial no Twitter, segundo a DW.

Nkurunziza estava no poder desde 2005 e liderou o Burundi com autoritarismo crescente desde o final da guerra civil (1993-2005).

Dez anos depois de chegar à Presidência, a candidatura de Nkurunziza a um terceiro mandato gerou controvérsia e mergulhou o país numa grave grise política. Pelo menos 1.200 pessoas morreram devido à violência, e 400 mil pessoas foram obrigadas a fugir, enquanto as autoridades reprimiam opositores e jornalistas.

Nkurunziza serviu três mandatos como presidente do Burundi. A sua decisão de concorrer a um controverso terceiro mandato, em 2015, desencadeou protestos e violência que levaram centenas de milhares de burundineses a fugir do país, diz a Lusa.

Nkurunziza, um evangelista que acreditava ter sido escolhido por Deus para governar Burundi, chegou ao poder em 2005, eleito pelo Parlamento.

A sua morte cessante ocorreu no mesmo dia em que o principal partido da oposição, o Conselho Nacional para a Liberdade (CNL), anunciou que aceita a decisão do Tribunal Constitucional sobre os resultados das presidenciais de 20 de Maio, que deram a vitória ao candidato escolhido por Nkurunziza, Evariste Ndayishimiye, escreve a DW.

Ndayishimiye deveria tomar posse em Agosto próximo, para um mandato de sete anos, renovável uma vez, o que pode ser agora antecipado, refere o DN.

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