Mulheres são as mais afetadas pela crise

Enquanto o mundo celebra o Dia Internacional da Mulher, no contexto de uma pandemia mundial, uma coisa é clara: a crise da covid-19 tem rosto de mulher.

A pandemia está a exacerbar as já profundas desigualdades sentidas por mulheres e meninas, eliminando anos de progresso em direção à igualdade de género.

As mulheres são 24% mais vulneráveis à perda de emprego e sofrem quedas mais acentuadas de rendimentos. As disparidades salariais entre homens e mulheres, já elevadas, aumentaram, inclusive no setor da saúde.

A pandemia desencadeou também uma epidemia global paralela de violência contra as mulheres em todo o mundo, com um aumento significativo de casos de violência doméstica, tráfico, exploração sexual e casamento infantil.

O processo de recuperação da pandemia constitui a nossa oportunidade de traçar um novo caminho mais igualitário. As ajudas à recuperação deverão ser especialmente direcionadas a meninas e mulheres, inclusive por meio de investimentos em infraestruturas associadas à prestação de cuidados. A economia formal só funciona porque é subsidiada pelo trabalho feminino não remunerado.

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