Vacinas adiadas na África do Sul são “balde de água fria” em Moçambique

 adiamento da vacinação contra a covid-19 com o fármaco AstraZeneca na África do Sul foi hoje classificado como um “balde de água fria” por Benigna Matsinhe, diretora adjunta de Saúde Pública de Moçambique.

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O adiamento foi anunciado no domingo devido à falta de eficácia contra a variante do novo coronavírus 501Y.V2 dominante no país, anunciou o ministro da Saúde sul-africano.

A mesma variante também circula em Moçambique, país vizinho.

Segundo anunciou o ministro da Saúde em janeiro, 70% das amostras positivas de covid-19 em Moçambique do mês de dezembro já eram constituídas pela nova variante.

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Hoje, o adiamento foi encarado com receio por Benigna Matsinhe, diretora adjunta de Saúde Pública de Moçambique

“Recebemos esta informação pouco agradável, porque era uma daquelas vacinas que a maior parte dos países africanos” prevê usar, por ser de mais fácil conservação, referiu.

É também a aposta “do mecanismo Covax, apoiado pela Organização Mundial de Saúde e a Aliança de Vacinas (Gavi) que são os principais financiadores [de vacinas] em países africanos”, acrescentou.

“Este é um grande balde de água fria, mas temos a certeza de que alguma coisa será feita” pelas farmacêuticas, como até aqui tem acontecido, disse Benigna Matsinhe.

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Enquanto que as outras vacinas requerem temperaturas negativas, algumas extremamente baixas, a da AstraZeneca pode ser conservada entre dois a oito graus, dentro da capacidade logística de Moçambique, notou.

Desde que foi declarado o primeiro caso em Moçambique, em março de 2020, o país registou um total de 465 óbitos devido à covid-19 e 44.912 infeções, 61% das quais recuperadas.

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